Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo venceu o Puerto Cabello (quem?), sim, Puerto Cabello, por 2 a 0, com dois gols nos últimos minutos. É para sofrer mesmo. Não que eu esteja preocupado com a Sul-Americana. Já disse e repito: que se dane Sul-Americana. Que se dane Copa do Brasil.
O problema é a vergonha, o vexame, a humilhação. Não ganhar do Puerto Cabello (quem?), Puerto Cabello, em pleno Morumbi, seria mais uma para colecionarmos.
Rogério Ceni mandou um time quase misto a campo. Deixou jogadores como Calleri, Wellington Rato, Mendez e Rafinha no banco. Mas, verdade mesmo que precisava do time titular para ganhar do Puerto Cabello (quem?), sim, Puerto Cabello?
É. Parece que sim. Afinal, precisamos ter Calleri e Wellington Rato em campo para chegarmos à vitória, até porque o primeiro tempo foi horrível. Nada de nada. De ambos os lados. Bem, do lado de lá, nada para estranhar, porque o time é muito ruim. Mas do lado de cá, se pensarmos, também nada a estranhar, porque o nosso time é muito ruim também.
Rogério Ceni entrou com Juan e Luciano na frente. Aliás, fez um 4-2-4, porque Michel Araujo jogava aberto pela direita e Alisson pela esquerda. Nossos meias, mais uma vez, eram Beraldo e Arboleda. Desnecessário falar que a bola nunca chegou aos atacantes. Juan, por exemplo, acho que só falei o nome dele na escalação e na substituição.
Com o emprego em jogo ele foi colocando os titulares no segundo tempo. Mas foi Marcos Paulo quem resolveu a situação. Sim, o jogador desprezado por Rogerio Ceni, que lhe fez críticas nas redes sociais, que causou um alvoroço. Assim como já tinha incendiado o time no jogo contra o Botafogo, quando entrou, desta vez repetiu a dose. Além de criar jogadas, marcou o gol que abriu o placar.
A teimosia de Rogerio Ceni não tem fim. A vitória suada contra o Puerto Cabello (quem?), Puerto Cabello, rendeu mais alguns dias no cargo ao nosso técnico. Mas não sei se ele sobreviverá a um resultado negativo contra o América-MG, no Morumbi ou, principalmente, a uma hipotética eliminação contra o Ituano, na Copa do Brasil.
Enfim, parece que sofrer é o nosso destino. Nos tornarmos um time médio, deixando de ser um gigante, não se mostra ser algo tão distante de acontecer. Ao menos enquanto tivermos na diretoria profissionais em muitas coisas, menos nas gestões financeira, administrativa e no futebol.