São Paulo vive uma verdadeira noite de Libertadores e mantém sonho aceso

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a noite de quinta-feira foi quase típica de uma noite de Libertadores. Digo “quase” porque não fez aquele frio ao qual estamos acostumados. Mas teve Morumbi cheio, pulsando, torcida fazendo uma grande festa de recepção ao ônibus da delegação e, dentro de campo, se faltou inspiração para alguns jogadores, sobrou transpiração.

Assim vencemos o Nacional e nos classificamos para as quartas-de-final. Noves fora o time deles que é muito fraco, não parecia um time uruguaio, pois nem da violência utilizaram, o São Paulo fez o que deveria fazer. Jogou com calma, sem afobação, sem querer resolver o jogo no primeiro lance, sem entrar em desespero porque o gol demorou um pouco a sair e deixou que tudo fluísse naturalmente.

Foi uma noite onde até Bobadilla, muito criticado por mim e por boa parte da torcida, jogou uma enormidade, marcou um golaço, ocupou espaços na frente e atrás, enfim, foi um jogador quase completo, tendo como descrédito apenas alguns erros de passe.

Porém atentem para a jogada do gol de Bobabilla: é Alan Franco quem pega uma bola no campo de defesa e agride o ataque. Enfia uma bola verticalmente para Calleri que, num toque só, deixa Bobadilla livre para penetrar na área e fazer o gol, até porque a saída de Calleri da área trouxe com ele dois zagueiros e o espaço se abriu.

Aliás, falar em Calleri ir bem é quase uma redundância. Ele perdeu gols, deu assistências, tirou bolas na área do São Paulo, se movimentou por todos os lados e marcou de cabeça numa assistência perfeita de Wellington Rato. Cada vez mais tenho absoluta convicção de que Calleri é o cara.

Marcado o segundo gol ainda no início do segundo tempo, o time passou a administrar o jogo. Contando com a ineficácia do adversário, não precisou correr riscos, bem no jeito Zubeldia de ser.

Os destaques negativos ficaram por conta de Lucas, que fez outra partida abaixo da crítica, e o incidente com Izquierdo, zagueiro do Nacional, que teve uma arritmia cardíaca no gramado e saiu de ambulância para o hospital.

Pela frente vem o Botafogo, assim como na Copa do Brasil vem o Atlético-MG. Não sei o que será. Só quero pensar no Vitória, domingo, pelo Brasileiro, e curtir as quartas-de-final em ambas as Copas enquanto alguns assistem no sofá de casa.

Um comentário em “São Paulo vive uma verdadeira noite de Libertadores e mantém sonho aceso

  1. Noite mágica, nada se assemelha a um mata-mata de Libertadores no Morumbi. São coisas que você leva pra vida toda, assim como me lembro dos anos 90 nos mesmos dias até hoje, à época acompanhado de meu saudoso pai que mora com Deus agora.

    Sobre o jogo, alternados bons e maus momentos, o time estava espaçado, Lucas não ajuda o fraco Wellington e por ali o Nacional chegava como queria. Luciano foi uma nulidade… é preciso ser mais compacto e mais intenso os 90 minutos pra ter chance de brigar por algo. Não dá pra tirar o Lucas da direita e perder seu melhor, vamos ter que jogar com Nestor ou Michel pelo lado esquerdo. Lucas na esquerda não é decisivo, na direita e no meio ele é nosso diferencial.

    Valeu pelo resultado e pela festa, mas estamos com problemas. Desmontou o lado esquerdo a saída do Ferreira.

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