Grupinhos, fritura, desmandos: os bastidores de uma crise instalada no São Paulo

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a crise está instalada no São Paulo. Bastou o time perder duas partidas, estar há quatro sem vencer, o presidente se mandar para Los Angeles para cuidar da Seleção da CBF, e tudo virou de ponta cabeça. Da entrevista que o diretor de Futebol Carlos Belmonte concedeu ao Arquibancada Tricolor – que, convenhamos, nenhuma repercussão externa causou – para cá, foi só cacetada.

Belmonte disse lá que tem a gestão do elenco, que tudo está encaixado, que onde Júlio Casares põe a mão vira ouro – aqui ele viajou na maionese e foi muito longe -, que o Departamento Médico só tinha Pablo Maia, pois até Rafinha já estava na transição. Ele só esqueceu de Moreira, Belem, Negrucci, que estão “escondidos” no DEM – o Departamento de Excrecência Médica.

Enquanto ele se vangloria da gestão e Júlio Casares posta diversas poses de Los Angeles nas redes sociais, o time vai se desintegrando, tomando goleada de time do Z4, elenco dividido, jogadores insignificantes na história do clube se rebelando contra a comissão técnica. Ou não viram ou ouviram o zagueiro Sabino, que estava no banco de reservas, contestar o preparador físico Adriano Titton Garcia ao ser chamado para aquecer pela segunda vez? Quem é Sabino na fila do pão? O que esse jogador – ou ex-jogador – representa na história do São Paulo?

Se Sabino está fazendo isso com a equipe de Zubeldía, o que não estão fazendo Luciano “família”, Rafinha e outros desagregadores de ambiente, com um pouco mais de vivência no clube? Não à toa Lucas escreveu em seu Instagram que era hora de muito trabalho e que todos deveriam estar JUNTOS. Sim, o JUNTOS todo em maiúsculo. Alguma mensagem criptografada?

Até onde apurei, hoje apenas Calleri, Rafael, Alan Franco e Luiz Gustavo apoiam integralmente o técnico Zubeldía. O demais, liderados por Luciano e Rafinha, querem sua saída. E são acompanhados nesse movimento por Muricy Ramalho, que nunca escondeu ser desafeto do argentino. E estão aproveitando a ausência de Júlio Casares, responsável único e exclusivo pela escolha de Zubeldia, para fritar o técnico. Luciano não foi ao Rio de Janeiro para ser poupado. Sua insatisfação já é do conhecimento do técnico.

Ouvi de algumas pessoas que frequentam o CT que, se algo não for feito de urgente e concreto pela diretoria, não será surpresa se após o jogo contra o Criciúma, independente de resultado, Zubeldía pegue seu boné e vá embora. Seu semblante nos últimos dois jogos, muito diferente do que apresentava quando aqui chegou, dá claras evidências do seu desgaste.

Aprendemos com o histórico de Zubeldía que ele não gosta de conselheiros frequentando vestiários, até porque eles só aparecem nas horas boas. Vejam se algum deles apareceu no vestiário em São Januário, após a goleada.

Se Carlos Belmonte é bom em gestão (na Jovem Pan sempre teve minha admiração), é hora de mostrar. Assumir uma responsabilidade já que estamos sem presidente (o vice é figurativo), contornar a crise e dar provas, mais do que apenas falando, mostrando que pode almejar algo mais pomposo no futuro. E fugir das mentiras, que viraram mantras dessa diretoria.

3 comentários em “Grupinhos, fritura, desmandos: os bastidores de uma crise instalada no São Paulo

  1. A imprensa alternativa está mais perdida que cego em cinema mudo.

    Segundo eles, Luciano seria um dos cabeças do motim. Porém, se Luciano joga todos os jogos, por que estaria se revoltando? Estaria descontente com seu posicionamento? Mas não é exatamente isso que choramingam em relação a ele, que Luciano, no meio, atrapalha a fluência do futebol tricolor?

    Até há pouco, todo o elenco estava correndo, marcando o rival em seu campo de defesa no fim do jogo, tudo indicando consonância entre comissão técnica e jogadores. Além do mais, Zubeldía dá oportunidade a todos. O problema é de outra natureza.

  2. Se existe mesmo isso e se Zubeldia nao esta dando conta de controlar, entao ja era.
    Nossa gestao nao presta entao Zubeldia vai ser feliz em outro time.
    Sao Paulo precisa de treinador que saiba controlar o vestiario, saiba controlar esses jogadores que nao jogam nada e se acham a bolacha mais recheada do pacote.
    Pq Dorival Jr deu certo ele soube controlar soube apaziguar os egos.

  3. Tem que afastar essa panela que quer derrubar o treinador. Tem que dá respaldo ao treinador, chega de jogador vagabundo que acha que é alguma coisa no SPFC.

    Como o Belmonte me parece frouxo pra resolver, o Casares tem que pegar o avião e voltar, nem que seja por 12h e afastar todos, não importa o nome, faça isso e a torcida irá apoiar a decisão.

    Nós somos SPFC e não jogadores!!

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