Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo ganhou mais uma vez de virada, nesta segunda-feira, no Morumbi. Saiu perdendo para o Fluminense, mas empatou logo após sofrer o gol e virou no segundo tempo. Isso já houvera ocorrido com o Águia de Marabá e o Cobresal, pela Copa do Brasil e Libertadores, respectivamente.
Por mais que isso nos traga algum susto ou desconfiança, mostra, por outro lado que o time está se encorpando, não entra em parafuso quando sofre o gol e consegue forças par buscar o resultado. Isso tem muito a ver com a energia e a confiança que Zubeldía passou para o elenco, pois se ele ainda não teve tempo de treinar o time para impor seu pensamento tático, substitui com muita vibração na beira do campo.
O técnico argentino parece ter encontrado o time base do São Paulo, ao menos enquanto titulares não estão aptos a jogar. Ele tem repetido essa escalação, mas fica claro que Pablo Maia, Wellington e Lucas serão titulares, quando estiverem aptos, sem contar Calleri.
Sendo assim, por mais que o Fluminense tenha vindo com time misto, vamos combinar que nós também estávamos, pois só aí em cima listei quatro jogadores que estão fora por lesões, além de Michel Araújo, que tem sido titular, suspenso.
Não quero dizer com isso que temos um grande elenco, que vamos disputar todos os títulos este ano. Mas, pelo menos, não vamos sofrer com proximidade do Z4. Aliás, estamos no G6.
Destaco nessa partida Luciano. Fez um gol anulado, brigou, como sempre, mas, principalmente, desequilibrou o Fluminense. A atitude dele indo buscar uma bola para cobrar rapidamente o lateral, sem cumprir o far play, tirou Fernando Diniz e o time do Fluminense do equilíbrio. O técnico foi expulso e o time carioca ficou perdido. Isso ocorreu nos últimos segundos do primeiro tempo. No segundo, só deu São Paulo.
Aliás, o jogo inteiro foi de domínio do São Paulo, pois Fábio foi exigido três vezes, tivemos gol anulado, e Rafael foi apenas expectador do jogo. Isso implica dizer que o São Paulo fechou bem os espaços, sufocou o Fluminense em sua saída de bola, provando mais uma vez a fragilidade do sistema defensivo dos times de Diniz, e fez por merecer a vitória.
Continuo freando minha empolgação e, sem coração mas com razão, não vejo o São Paulo campeão de nada este ano. Porém, o coração está começando a gritar e tentando ultrapassar a razão. Ou melhor: se tornar a razão.
Mais uma vez o FDP do Daronco, não foi nada no gol do Luciano, Galoppo rouba a bola. Nem o adversário reclamou, mais uma vez…
Alô Casares, você tinha dito que isso não iria mais ocorrer na nossa casa. Enfiou já o rabo entre as pernas?
Seria pênalti se o mesmo entendimento fosse aplicado naquele lance do Juan dentro da pequena área. Não foi nada, nos dois lances o adversário tomou a frente e ficou com a bola.
Se o Daronco entendeu que houve falta, deveria dizer o que fez ele pensar assim. Abrir o microfone para dizer que ocorreu uma falta de um jogador (nem especificou) é ridículo.
Vamos tomando uma forma de jogar, vários jogadores se destacando individualmente. Rafael trabalha cada vez menos o que mostra que estamos formando um sistema defensivo forte. Patrick tem melhorado a cada jogo, ontem errou em 2 lances, mas nós demais foi perfeito.
Agora o Juan… o Juan. Está sempre bem colocado nas jogadas, mas é um estrupício quando precisa finalizar ou conduzir a bola. Não tem nível técnico pra jogar primeira divisão.
Com a volta do Lucas teremos um time ainda mais agudo e com dribles.
Em tempo: Bobadilla está melhor a cada jogo, treinador bom potencializa seus jogadores.
Como é bom ter treinador!!!
Ué, descobriram que nosso elenco não é tão ruim quanto alardeavam? Temos deficiências, é claro. Mas quase todos os outros também. Felizmente, agora, “habemus magister”. Temos treinador.
Zubeldía pode não ser perfeito – André Silva não é ponta, nem Juan é jogador. Mas é evidente que ele tem um filosofia de jogo. E mais importante: os jogadores acreditam nela. Ontem, aos cinquenta minutos do segundo tempo, o São Paulo pressionava a saída de bola do Fluminense com todo o time praticamente no campo adversário. O terraplanismo dinizista foi ao espaço.
Luciano e Alan Franco renasceram. Gallopo também. Foi uma boa iniciativa ter trazido um treinador argentino ao se considerar a república hispânica que é o São Paulo atual. Os atletas estrangeiros se sentem mais cômodos, mais prestigiados e, como consequência, correm em dobro. O que por sua vez força os brasileiros a se esforçar também.
Acho que, com os titulares, poderemos vencer até a Libertadores ou a Copa do Brasil novamente. Não aposto que acontecerá, mas sinto que seremos competitivos.