São Paulo teve azar nas contusões, mas não evoluiu nada nos 18 dias de treinos

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo pode dizer que teve azar no jogo em Córdoba. Afinal, perdeu Rafinha com 15 minutos, Lucas com 30 e Wellington Rato com 45 minutos. E, até por força de uma decisão de Carpini, jogou os oito minutos de acréscimos do primeiro tempo com dez jogadores.

E começo por aqui minha análise, que terá críticas e elogios ao técnico. Ele agiu corretamente ao não queimar a terceira substituição no primeiro tempo. E se alguém se machucasse no começo do segundo tempo: Jogaríamos um tempo inteiro com um a menos. O fato de ter sofrido um gol nesse momento do jogo não implica responsabilidade a Carpini por não ter feito a substituição de Rato. Até porque toda a jogada se desenvolveu pelo lado esquerdo de nossa defesa, com todo o time recuado e teve em Diego Costa o culpado por não chegar e dividir a bola com Sola.

Mas o primeiro tempo mostrou um São Paulo desorientado, um verdadeiro catado. James Rodrigues, clamor da torcida, não rendeu nada. É o tipo de jogador que quer a bola nos pés e não se esforça para marcar ninguém.

Mas não vou atribuir a James a responsabilidade pela derrota. Os 18 dias de treinos que o São Paulo teve não representaram nada em termos de evolução. É como se continuássemos no ritmo de jogo a cada dois dias, com jogadores se machucando – as mesmas contusões – o técnico vindo reclamar de excesso de jogos, sem tempo para treinar e outras coisas mais. Prova maior de que não temos um técnico à altura do São Paulo. O elenco já é limitado. O técnico mais ainda.

Entretanto, outro elogio a Carpini. Ele colocou em campo quem ele tinha no elenco. Não pode ser responsabilizado pelas partidas ruins de Igor Vinicius e Ferreira, nem pelo péssimo futebol de Erick. Porém, foram substituições necessárias pelas contusões. Quando ele mexeu taticamente no time, sacando James Rodrigues e Alisson, fazendo entrar Luciano e Galoppo, o São Paulo cresceu. Marcou o gol e quase empatou o jogo, não fosse a defesa gigantesca do goleiro argentino.

Voltamos, então, ao desentrosamento e falta de sistema tático do time. A defesa é um horror. Wellington vai para a frente, obriga Diego Costa a sair na cobertura, Arboleda vai cobrir Diego e ninguém cobre Arboleda. Assim saíram várias jogadas perigosas do Talleres. Sem contar que Diego Costa foi diretamente responsável pelos dois gols. No primeiro não chegou, no segundo “deu o passe” para o atacante argentino.

E o Departamento Médico? O que tem a dizer? Certamente não dirá nada, pois será acobertado pela diretoria opaca deste clube. Mas é, como diz meu amigo Edson Lapolla, um verdadeiro Triângulo das Bermudas.

Volto a afirmar: o que me preocupa não é a Libertadores, mas sim o Brasileiro. Me deixa em pânico. Nosso elenco é ruim e nosso técnico é horrível. Que Deus nos ajude!

6 comentários em “São Paulo teve azar nas contusões, mas não evoluiu nada nos 18 dias de treinos

  1. O São Paulo perdeu? Ohhh… que novidade. Os grandes culpados, para variar, foram o Abel Ferreira e o gramado sintético. Mais uma vez. Rsrsrs. Com um técnico que não conhece o elenco, nem mesmo após semanas livres de treino, seria surpresa se tivesse acontecido o contrário.

    Futebol se decide com marcação no meio de campo. Pablo Maia e Alisson não marcam nem consulta médica, como bem diz o Ramoni Ártico. James e Lucas, por sua vez, são jogadores de segundo tempo. Se são caros demais para o clube que sejam negociados. Mas colocá-los para atuar logo no início é suicídio futebolístico. Ambos precisam pegar o adversário “amaciado”; do contrário, são irrelevantes para a equipe.

    A derrota de ontem foi um prenúncio, como foi a vitória sobre o ituano. Cairemos logo que enfrentarmos uma equipe melhorzinha. Falta ao São Paulo, mais do que em outras posições, um primeiro volante pit bull, que marque até a sombra do juiz. Na ausência desse jogador, Galoppo e Bobadilla tinham que estar em campo. São bons? Não, mas, ao menos, dão alguma estrutura defensiva para uma equipe que não tem laterais e conta com uma aberração na zaga.

    E a pergunta que não cala: Doutor Gelol até quando?

  2. Pessoas ou de baixo QI ou ego inflado estão levando o SPFC a um buraco que pode ser sem volta. A não contratação de um treinador após a saída do Dorival e a manutenção do projeto de estagiário já destruiu o Paulista, Libertadores e pode levar o time a um rebaixamento no BR, porque vai começar mal a competição e depois vira um inferno.

    Mas agora a coisa vai mudar de figura, parece que a totalidade dos torcedores já entenderam a situação e os xingamentos serão direcionados a Belmonte, Casares e Muricy. As 3 Marias vão acabar tendo que se coçar.

  3. Erro grosseiro escalar o James.

    Não é a primeira vez do Tricolor na Libertadores, todos sabiam que seria jogo tenso, muito físico, sobretudo no início.

    Escalar um cara que não consegue acompanhar esse ritmo foi claro sinal de que o técnico deu mais peso ao que viu na imprensa do que ao que viu nos treinos.

    Vacilaram em aceitar a permanência do James. Deveriam ter deixado ele partir. Ter um cara de alto salário e baixo rendimento não machuca só as finanças do clube, gera atrito no elenco e pressão no técnico.

    Quanto ao Lucas, sem novidade. Ele vem enfrentando esse problema crônico de lesões há alguns anos. Esse foi o motivo de perder espaço na Europa mesmo apresentado bom nível técnico e velocidade.

    O São Paulo conhece esse problema de lesões do Lucas, fizeram uma aposta e se deram bem, com a conquista da Copa do Brasil.

    Não é um cara para jogar 50 partidas em um ano, mas, se planejarem bem, pode fazer a diferença nos momentos mas difíceis.

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