Casares demonstrou aversão à controvérsia e que não aguenta um apertão que entrega

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a entrevista do presidente Júlio Casares ao Roda Viva da TV Cutlura, nesta segunda-feira, tinha tudo para ser um elevador que o colocasse em alto patamar, mas tomou o sentido contrário. O presidente do São Paulo demonstrou total aversão à controvérsia, chegando mesmo a mostrar irritação em um pequeno debate, e justificou a razão de manter a imprensa tão longe do clube: basta um apertão que ele entrega.

Sua entrevista chegou a irritar vários torcedores nas redes sociais. Não foram poucos os sócios torcedores que se sentiram magoados, ofendidos com o descaso que vinham sentindo por parte do clube, agora chancelado pelo presidente, quando em momento algum defendeu ou deu explicações minimamente razoáveis para quem ficou sem ingresso nos jogos contra o Corinthians e o Flamengo, mesmo após ter frequentado as arquibancadas em jogos que “não valiam nada”. Foram preteridos pelos mais afortunados, colocados na classe Diamante.

Casares não conseguiu explicar os motivos de tantas contusões no São Paulo e um Refis, que outrora fora parâmetro internacional e hoje se encontra defasado em relação aos modernos equipamentos de fisioterapia. Ao chamar constantemente o local de Rafis Plus, Júlio Casares preferiu falar do restaurante, fartamente elogiado por Lucas Moura, do que detalhar os tais equipamentos de ponta que ele diz terem sido adquiridos.

Júlio também deixou claro, nas entrelinhas, que ainda há dívidas com os direitos de imagem dos jogadores. Quando alguém pergunta se você fez tal coisa, ou você diz que sim ou tergiversa. Foi o que ele fez. Alegando questão “interna corporis”, não quis falar sobre as dívidas. Apenas quero lembrar que muitas promessas de quitação foram feitas. A última, à véspera do jogo contra o Corinthians pela Copa do Brasil, prometendo que em caso de classificação para a final, dois meses de atraso seriam quitados. Ao que parece, mais uma promessa não cumprida por esta diretoria mitômana.

Não quis dar explicações sobre as questões dos ingressos, mudou o valor pago para Galoppo, fazendo crescer em dólares, disse agora que foi o São Paulo quem pagou pelo passe, desdenhou de quem quer saber se terá como comprar ingresso para o jogo do Rio de Janeiro, falou de venda de cervejas quando foi perguntado sobre a mudança de perfil dos sócios torcedores, ou seja, responde batata para uma pergunta sobre melão.

Mas quando foi apertado, entregou: admitiu textualmente ser candidato à reeleição e, contradizendo tudo o que pregou até agora, que a dívida do São Paulo hoje está em R$ 700 milhões, como vínhamos afirmando há tempos.

Casares demonstrou irritação ao ser questionado sobre os títulos conquistados pelos adversários enquanto o São Paulo comemora o Paulista de 2021. Deu respostas bruscas, se exaltando visivelmente. Isso por si só justifica sua resposta de ainda manter afastada do Centro de Treinamento da Barra Funda e também do Morumbi a imprensa. Afinal, tirando os cordeirinhos de plantão, os jornalistas costumam ser agudos. E isso não interessa para uma diretoria que só quer esconder o que há por detrás dos muros.

Triste entrevista de um grotesco presidente de um grande clube. Diria: de um clube gigante.

8 comentários em “Casares demonstrou aversão à controvérsia e que não aguenta um apertão que entrega

  1. Está na Gestão desde 2002, de lá NUNCA SAIU. Na trágica, última gestão do Carlos Miguel Aidar9 (se Deus quiser), foi VICE PRESIDENTE ESTATUTÁRIO.
    Na gestão do Leco, foi desde o início membro do Conselho de Administração. Aliás se pavoneia de ser mais uma vez o mais votado. Esquece que o JJ OBRIGAVA todos a votarem em algumas pessoas, ele incluso.
    APROVOU TUDO que o Leco levou para ser aprovado, como pode ser visto no vídeo. Agora se faz de vítima.
    “OH Deus, oh Azar, quanta dívida, até o Daniel Alves?????????????? Vou dar o golpe e continuar. É muito sacrifício” (contém ironia)
    Voto DIRETO. (Agora nervosinho) “O SÓCIO JÁ VOTOU para presidente, EU ERA O CABEÇA DA CHAPA”.
    Menospreza TODOS OS 200 CANDIDATOS, e como sempre ESQUECE (por conveniência) que o Associado pode votar em 20 candidatos, INDEPENDENTE da chapa, e para variar se AUTO ELOGIA.
    Um grande amigo, ex atleta do Clube junto com o irmão, Sócio Torcedor há anos, que não conseguiu ingressos para o jogo do nosso título da Copa do Brasil, fez hoje uma colocação bem pertinente. Comparando o que seria uma entrevista no RODA VIVA, com um C.E.O. de uma multinacional, com a entrevista do nosso Presida.
    Respondi a ele: você está querendo comparar o JESUM com o GARRINCHA.

  2. Não vi a entrevista, de propósito. Quis me poupar de ouvir esse sujeito, cuja administração com seus companheiros do clube é a metástase de um câncer que vem matando o São Paulo há tempos. Vade retro!

  3. Não sou defensor desse arrogante presidente são-paulino; pelo contrário, acredito que esteve envolvido em todas as maracutaias acontecidas no Morumbi, por todos dirigentes, desde que ele lá “penetrou”, e é um péssimo administrador.
    Entretanto gostaria de comentar sobre o problema dos preços dos ingressos que foram cobrados para o jogo de decisão da copa do Brasil.
    Quando se tem um produto único, no caso uma final de campeonato, toda e qualquer pessoa, física ou jurídica, vai tentar explorar no máximo o preço desse produto. É só acompanhar os lançamentos de novos ou inéditos equipamentos tecnológicos: na largada preço lá em cima e, depois de um tempo de acomodação, o preço cai para a realidade de muitos.
    É isto que está acontecendo com o preço dos ingressos, tanto em SP como no RJ: têm um bom produto e é hora de explorá-lo, já que gastaram muito para nele chegar.
    Quanto aos torcedores que não conseguiram comprar ingressos.
    Se tivessem mantido os ingressos nos mesmo preços de outros jogos menos importante, poderiam atender toda a demanda dos torcedores?
    Evidente que não; afinal, são apenas sessenta mil ingressos e, mesmo que apenas cem mil pudessem e quisessem adquirí-los, quarenta mil continuaria “chiando” a falta deles.
    Então, esta não foi uma falha da diretoria com seus torcedores; pelo contrário, é uma decisão administrativa e, a meu ver, muito correta, já que, a própria matéria informa o tamanho da dívida e é preciso arrecadação para honrá-la.
    O problema é a falta de confiança que essa diretoria gera no uso dos recursos que internalizam no clube.
    Nisto reside o grande problema do SPFC nestes muitos últimos anos…

    • Você está correto… é hora de faturar e aproveitar que temos um time agora competitivo.

      Os caras reclamam de 700kk de dívidas, mas acha que vai pagar com dinheiro caindo do céu.

      Produto nem adianta falar… eles não sabem diferenciar.

    • Só faço um adendo ao final: o problema, também, é a cabeça das pessoas, sejam elas das profissões que forem e dos níveis culturais que forem. Falta pensamento lógico (oferta – demanda, dívida alta – preços mais altos, produto melhor – preço maior).
      Já corre aquele velho papo na imprensa esportiva “aaaaaain estão tirando o futebol do pooooovo, aaaaaain futebol não é mais populaaaaar”… mas ninguém quer os populares Wellingtons Ratos no time né? Queremos Lucas, James, e mais 3 ou 4 do nível deles. Quem vai pagar esses salários altos?

      Melhor arrecadarem nos 2 jogos da final do que aumentarem o ingresso em 38 rodadas pra ver o time fugindo do rebaixamento.

      • Isso é esporte. A torcida influencia no andamento do jogo. Ingresso de futebol não é a mesma coisa que um produto qualquer.

        Aumentar o preço na final, ok. Cobrar 700 reais por um ingresso de arquibancada é uma piada. Isso vai transformando o futebol em teatro. E sempre tem os prejudicados que batem palma.

        • Fábio, haviam ingressos de 200 reais pra arquibancada e cerca de 7000 deles.

          Demanda X oferta X produto ofertado. Isso é mercado. Tem jogo semana que vem contra o Fortaleza e depois Coritiba com preço baixo…

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