Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo provou neste domingo sua “Calleridependência”. Empatou em 0 a 0 com o Bahia, time do Z4 do Brasileiro, num Morumbi com mais de 56 mil torcedores pagantes.
O número de chances criadas foi grande. O de gols perdidos maior ainda. É inadmissível jogadores profissionais como Rodrigo Nestor e Juan, por exemplo, perderem as oportunidades que perderam. Se Calleri estivesse jogando (eu sei que o “se” não joga), teria feito, no mínimo, dois gols.
O que esses jogadores fizeram foi dar nome ao goleiro do Bahia. É fato que algumas defesas foram espetaculares, mas na maioria das vezes se tratou mais de gol perdido do que mérito do goleiro.
Logo aos 15 segundos a primeira chance, com a bola cruzada por Caio na cabeça de Rodrigo Nestor. Dentro da pequena área, sozinho, bola na medida, ele errou o cabeceio. Depois uma bola na trave. E as chances foram se enfileirando.
Quando Erison sentiu mais uma contusão (fiquei muito triste com sua reação e senti no coração a dor que ele sentiu fisicamente), Silvestre colocou Juan, talvez ordem de Dorival Jr. Definitamente achou que esse garoto não vai “virar”. Se entra jogando pelo meio, dizem que ele tem que jogar pelos lados; se entra jogando pelos lados, dizem que ele tem que jogar pelo meio. Neste domingo jogou nas duas posições e foi horrível em ambas.
Aliás, provamos que nosso ataque depende de Luciano e Calleri. Exceção feita a David, que fez grande partida, todo o nosso ataque foi colocado em campo: Erison, Wellington Rato, Juan, Pato, e nada. Marcos Paulo nem no banco ficou. Provavelmente tenha ido a alguma balada do sábado à noite e não chegou a tempo de jogar.
Um parágrafo para Alexandre Pato. Fui defensor de sua contratação, aplaudi quando a diretoria fez um contrato de produtividade. Quando ele entrou contra o Santos e fez o gol, o jogo já estava 3 a 0, ou seja, definido. Hoje era o dia de entrar para resolver. Precisávamos marcar um gol. E ele demonstrou que, ou melhora muito em seu condicionamento físico e técnico, ou só vamos poder contar com ele para jogos festivos, porque ele está parecendo um ex-atleta em atividade. Triste, muito triste. Ainda tenho esperança, mas vai ter que melhorar muito.
De resto, demos adeus a uma remota e longínqua esperança de buscarmos o Botafogo (não riam de mim, pois eu sempre acredito). Também estamos longe, ao menos por enquanto, de nos preocuparmos com o Z4. Mas a continuar colhendo esses resultados horríveis, o G4 também poderá se tornar um sonho de vereão.
Com o Rogério, ficaríamos em décimo alguma coisa na classificação final. Com o Dorival, iremos sambar entre a sexta e a nona posição. Ontem, ele escalou mal e o seu filho Lucas mexeu pior. Oxalá, James e, quem sabe, Lucas ajudem o São Paulo a participar da Libertadores ano que vem.
Já é quase uma certeza. Quando Nestor e Pablo estão juntos em campo, alguma coisa acontece e o resultado nos é adverso. Talvez, seja um fator anímico para o rival. Não sei. Fato é que quando ambos estão jogando o São Paulo não se dá bem.
Nos últimos o São Paulo tem forçado a barra para vender os jovens de Cotia. Igor Gomes, Sara, Liziero, entre outros foram superestimados pela diretoria. Pediram um valor irreal, muito além do futebol deles. O que aconteceu? Ficaram mofando no time titular, sem deixar boas lembranças e, no final, acabaram vendidos por seus verdadeiros valores de mercado. Vemos o mesmo filme se repetir com Nestor, Juan, Nestor, etc. Não aprendem??
Mais 3 pontos, depois no final do campeonato…
Já deu para ver que o Juan não vai ser craque. Na verdade, atualmente não está nem em condição de brigar pela titularidade.
A diretoria deveria buscar um lugar para ele jogar. Algo parecido com o que foi feito com o Brenner.
Se continuar no time jogando assim, só vai se queimar.
É cedo para condenar a contratação do Pato. Ele foi mal, mas nem tanto pela intensidade, mais pelas decisões equivocadas. Parecia não conhecer o sistema.
Alguém precisa explicar porque o Marcos Paulo não jogou hoje. Está doente? Problema familiar? Era o jogo que todo atacante reserva sonha: em casa cheia, adversário fraco e titulares impedidos de jogar. Tem que haver uma boa justificativa para a sua ausência, se não houver, não faz sentido manter esse cara no elenco.
5 pontos irrecuperáveis, 3 contra o Cuiabá e mais 2 hoje contra o Bahia.