Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo viveu neste sábado uma situação inédita com Dorival Jr no seu comando: sair perdendo o jogo. Até agora, além de tomarmos pouquíssimos gols, sempre saímos na frente. Mas fomos aprovados.
Foi difícil. O time fez o pior primeiro tempo desde que Dorival assumiu (excluindo-se o jogo contra o Tolima, na Colômbia). Dorival jogou sem meias, apenas com os dois volantes no meio de campo, utilizando-se deles para tentar fazer a bola chegar ao ataque; além disso teve as saídas de Beraldo e Alan Franco para o ataque, bem ao estilo de Rogério Ceni.
O problema é que Arboleda não estava em campo e com isso, o jogo preferido do Goiás, que é a bola aérea, funcionou muito bem. Rafael já tinha feito uma grande defesa, mas o Goiás conseguiu marcar o gol. E o São Paulo continuava não se encontrando na partida. O time goiano, que já havia montado uma retranca, aumentou ainda mais. Distribuindo seus 11 jogadores entre a intermediária defensiva e a área, afunilavam o espaço e o São Paulo não tinha como trabalhar a bola.
Caio era o jogador que mais criava oportunidades, mas Luciano e Marcos Paulo tiravam espaço um do outro e Calleri, abandonado na área, não recebia bola. E quando ela chegava nele, virava presa fácil dos zagueiros.
O Goiás vivia de contra-ataques e em mais um, novo cruzamento para a área, cabeçada à queima-roupa e uma defesa milagrosa de Rafael.
Porém, o destino estava do nosso lado. Pablo Maia acerta um chute de fora da área, a bola desvia no zagueiro e tira o goleiro Tadeu do lance. O gol de empate, naquele instante pouco provável, aconteceu.
Dorival então promove as entradas de Michel Araujo e Wellington Rato. O time melhora muito. Começamos a ter jogadas rápidas, contra-ataques, a bola passou a chegar na área e, aí sim, percebia-se que o gol da virada era uma questão de tempo.
Veio com Marcos Paulo, mas o VAR invalidou. Foram alguns poucos milímetros do dedo da mão esquerda do são-paulino em relação ao goiano que o colocou em impedimento. É sempre assim. Contra nós, o VAR vê milímetros. A nosso favor, ele sai para tomar um café.
Mas viramos. Mais uma vez Wellington Rato colocando na área, bate rebate e David, que tinha entrado havia pouco tempo, aproveitou o rebote e marcou.
Com isso os problemas se apagaram, os três pontos vieram e estamos na parte de cima da tabela. No G6.
Ficou claro que Arboleda é o esteio da zaga e que sem ele, até Beraldo desaprende a jogar; também está patente que Caio se encaixou no time e não deve perder sua posição; outro que cresceu imensamente com Dorival foi Pablo Maia. Hoje, sim, um volante de muito valor.
Dorival mantém os pés no chão. Ele diz que não podemos sonhar alto ainda. Por isso continuo, humildemente fazendo as contas por baixo. Estamos com 15 pontos. Faltam 31. Espero logo começar a fazer cálculos de 68 ou, quiçá, 76 pontos.
Agora, temos pelo menos, um goleiro que nos transmite confiança.
Tirando ele, o conjunto da obra dá para permanecermos na faixa intermediária da tabela