Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo conquistou uma vitória obrigatória – por ter jogado no Morumbi – mas contra um time de ponta, que está na Libertadores e, portanto, alguns degraus acima de nós.
O primeiro tempo foi chato. O Inter tentou pressionar a saída de bola do São Paulo mas, bem no estilo Mano Menezes, formava um ferrolho do meio para trás. Claro, o São Paulo tinha dificuldades de penetração.
O lado direito ofensivo era habitado por Alisson, com auxílio de Rodrigo Nestor. Rafinha ficava preso lá atrás, atuando mesmo como lateral, mas muitas vezes funcionando como terceiro zagueiro. Do lado esquerdo, Caio era ala e seu setor era coberto por Gabriel. Aliás, o uruguaio e Pablo Maia jogavam sempre lado a lado, permitindo que Rodrigo Nestor ficasse livre par flutuar pelo campo,
Ao contrário do que sempre ocorre, desta vez Nestor foi bem. Deu assistências, cobriu contra-ataques do adversário, perdeu gol, de um gol para Wellington Rato incrivelmente perder.
Mas nada se compara ao que jogou Pablo Maia. Merecidamente eleito o melhor em campo, não só pelo golaço que marcou, ele foi gigante na marcação, à frente da zaga. E salvou três gols certos do Internacional. Duas vezes se atirando na frente da bola e na outra tirando em cima da linha. Nesse último caso uma falta clamorosa sobre Rafael não marcada pela arbitragem.
Mas há que se destacar a mudança que o time teve no segundo tempo a partir da entrada de Calleri. Até Luciano, que vinha muito mal no jogo, melhorou subitamente. Ele passou a fazer a função de segundo atacante, que é sua verdadeira posição, e cresceu demais.
Já Calleri, bem, esse é um caso a parte. Sua entrada prendeu os dois zagueiros do Inter e ainda fez com que o volante ficasse mais atrás. É cada vez mais impressionante a identidade que o argentino tem com a camisa do São Paulo.
Lá atrás, Arboleda e Beraldo foram gigantes, ganhando tudo e mais um pouco, além de ótimas saídas de bola.
Sem viajar na maionese, me parece que Dorival Jr está conseguindo dar uma nova cara para o São Paulo. Se não concordei com sua entrevista pós jogo contra o Tolima (uma noite de horror na Colômbia), desta vez vi evolução. Tomara não seja um sobe e desce constante, onde fazemos uma grande partida seguida de uma horrível e aí voltamos ao ostracismo.
Se conseguirmos dois pontos nos dois próximos jogos me darei por satisfeito, pois continuo, apesar deste jogo, fazendo as contas para 46. Então faltam 39.
Fui ao estádio e realmente me surpreendeu como o time melhorou taticamente em tão pouco tempo com o Dorival. Falta defensivamente corrigir a lateral esquerda, mas entendo a dificuldade, pois estamos usando um ponta como lateral.
Ofensivamente o time ainda é pobre, mas também tivemos o Calleri por pouco tempo. Precisa de ponta ou meia de qualidade. Nestor e Alisson são muito limitados.
Enfim é um bom começo.