Xodó tricolor, Centurión sonha igualar sucesso de compatriotas no Brasil

É possível que a primeira impressão de Ricky Centurión não tenha sido das melhores ao desembarcar no Brasil. Em um novo clube, de uma cidade caótica, o argentino chegou a admitir que não se sentia adaptado no São Paulo. Mas as coisas têm mudado aos poucos, e os gols decisivos na Copa Libertadores têm sido essenciais para transformá-lo em novo xodó tricolor.

Saudado ainda no anúncio da escalação são-paulina, na última quarta-feira, Centurión sentiu o Morumbi ir abaixo ao marcar o único gol da vitória sobre o Cruzeiro. Das 66 mil pessoas presentes no estádio, poucas não o reverenciaram pelo cabeceio que deu vantagem nas oitavas de final.

“Estou muito contente com isso. Escutar gritarem meu nome me deixa muito feliz. Também quero dar a eles um pouco do que me brindam”, planeja o meia-atacante, que já tinha sido decisivo nos acréscimos da vitória sobre o Danúbio, por 2 a 1, há três semanas.

O calor da torcida não é novidade para o argentino, que conviveu com a apaixonada hinchadado Racing de Avellaneda durante anos. No apoio aos jogadores, Centurión as julga parecidas. “São similares, têm a mesma sintonia. A torcida não me surpreendeu em nada, já imaginava. O São Paulo é muito grande, e entrar em campo com tanta gente (no Morumbi) é impressionante”, admite.

Djalma Vassão/Gazeta Press

Recebendo carinho dos são-paulinos, Centurión desponta como talismã tricolor na Libertadores

Enquanto os argentinos choram sua ausência, o camisa 20 tricolor traça objetivos no Brasil e tem vários exemplos de como fazer sucesso vindo de fora. Ele quer seguir os passos de craques que recentemente dominaram o Campeonato Brasileiro.

“D’Alessandro e Conca são extraordinários. Sonho em um dia poder chegar aqui e estar à altura deles. Hoje eles são vistos com outros olhos porque jogaram aqui muito tempo. Então tento sempre aprender algo os observando”, revela Centurión, de olho nos ídolos de Internacional e Fluminense. Se continuar com estrela para gols decisivos, talvez o desempenho do são-paulino seja comparável aos compatriotas em alguns anos.

 

Fonte: Gazeta Esportiva

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