Sem espaço, Brenner joga dos Aspirantes e tenta recuperar brilho

Sob olhares do diretor Raí e do auxiliar André Jardine, Brenner marcou um dos gols davitória do São Paulo sobre o Atlético-PR, nesta segunda-feira à tarde, em Cotia, pelo Brasileiro de Aspirantes. Sem espaço com Diego Aguirre, o jovem de 18 anos foi emprestado à equipe sub-23 para ganhar ritmo de jogo e recuperar a confiança que o fez ser um fenômeno na base.

Há alguns meses, profissionais do clube acreditam que algumas etapas da formação de Brenner foram queimadas e tentam recolocar a carreira do garoto nos eixos. O atacante não é utilizado pelo treinador uruguaio desde o dia 2 de agosto, quando foi expulso dois minutos depois de entrar em campo contra o Colón (ARG), no Morumbi, pela Copa Sul-Americana. Domingo, contra o Santos, não ficou nem no banco.

Em maio, o São Paulo decidiu que Brenner reforçaria a equipe sub-20 quando não fosse relacionado por Aguirre, mas o jogador não gostou da ideia por acreditar que estava sendo “rebaixado”. A postura gerou certo mal-estar, mas o clube optou por não agir contra a vontade de sua revelação e o manteve apenas no grupo profissional. Paralelamente, ele foi convocado para treinos da Seleção Brasileira de Tite na Granja Comary e na Inglaterra antes da Copa do Mundo e ganhou moral, mas continuou como uma das últimas opções de Aguirre para o ataque quando voltou.

Promovido por Rogério Ceni em junho de 2017, o atacante foi direto do sub-17 para o profissional, sem passar pelo sub-20. Ele marcou 44 gols em 21 jogos na base são-paulina ao longo do ano passado, sendo artilheiro de três competições: Paulista Sub-17 (28 gols em 11 jogos), Copa Santiago (oito gols em cinco jogos) e Taça BH, que terminou com a equipe campeã (seis gols em três jogos). Em setembro, renovou contrato até 2022, com multa rescisória de 50 milhões de euros.

Brenner poderia ter disputado a Copa São Paulo Júnior deste ano, mas ficou fora da competição porque Dorival Júnior planejava utilizá-lo com frequência no Paulistão e na Copa do Brasil. Ele terminou o ano passado marcando gol no empate em 1 a 1 com o Bahia, no Morumbi, naquela que era a sua quarta partida como profissional.

Em 2018, foram 12 jogos disputados e dois gols marcados (contra Corinthians e Madureira) antes da saída de Dorival. Com Aguirre, a situação mudou: foi titular apenas uma vez, na vitória por 1 a 0 sobre o Paraná, pela primeira rodada do Brasileirão, e chorou no banco de reservas ao ser substituído. Depois, só jogou mais 33 minutos contra o Vitória, cinco minutos contra o Grêmio e dois contra o Colón (ARG).

Após jogar com o sub-23, Brenner voltará a treinar com os profissionais no CT da Barra Funda e estará à disposição de Diego Aguirre para os jogos do Brasileirão até o fim da temporada. O futuro depois disso é incerto.

 

Fonte: Lance

2 comentários em “Sem espaço, Brenner joga dos Aspirantes e tenta recuperar brilho

  1. Fosse o Rodrigo do Santos a jogar no S.Paulo e a história, certamente, seria a mesma: não temos paciência nem eficiência para aproveitar nossa base. O próprio artigo cita que a última vez que o Brenner teve chance com o Aguirre foi naquele horror contra o Colón. 12 jogos disputados onde o tempo em campo, certamente, não chegou a 90 minutos de uma partida, com o garoto entrando sempre quando o time está desarrumado, nervoso, necessitado de milagre. E lá vai o garoto (Brenner ou qualquer outro) para resolver ou voltar pra casa, como é o caso. Por pior que seja o Brenner de atacante, não pode ser pior que o Diego Souza que não tem jogado nada, mas faz gols, porque o time vem jogando bem e as bolas acabam sobrando nos pés de alguém que esteja ali, mas que nunca é um garoto porque falta a mesma paciência para com ele.
    Não sei se o Brenner é “isso tudo” ou não. Sei que na base, ninguém foi tão “matador” como ele. Agora a pergunta: por que outros garotos de 18 anos que jogaram contra e a favor do Brenner na base, e que não obtiveram igual sucesso, já estão jogando pelos seus clubes e o Brenner não? Será que o atleta desaprendeu o caminho do gol???

  2. Precisa comer muito feijão e fazer muitos gols pra valer 50 milhões de reais, quanto mais de euros.
    Até o momento no profissional não mostrou absolutamente nada e por enquanto é um fiasco.
    A diferença da base para o profissional é a mesma que existe entre ping pong e tênis.

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