Nenhum jogador do São Paulo comemorou tanto a classificação quanto o goleiro e capitãoRogério Ceni. Aos 40 anos e no último ano de seu contrato, o camisa 1 sofria com a possibilidade de se despedir antecipadamente da Taça Libertadores da América, a grande obsessão da reta final de sua carreira. E foi dele o gol de pênalti que abriu caminho para a vitória por 2 a 0, resultado que garantiu o Tricolor nas oitavas de final, quando o time reencontrará o próprio Atlético-MG pela frente.
– Sem dúvida, passou pela minha cabeça que poderia ser o último jogo de Libertadores. Passou um filme de tudo que já passou. Esse é o último ano da minha carreira e não gostaria de sair hoje, acho que tinha algo a mais para dar. Tenho de agradecer o torcedor, foram 50 mil torcedores que abraçaram o clube da fé, o clube que faz a moeda cair de pé – afirmou o jogador, feliz da vida.
Apesar de tudo que já conquistou na carreira, Rogério Ceni disse que rezou antes de efetuar a cobrança do pênalti sofrido por Aloísio.
– Pedi a Deus que me desse calma e tranqüilidade para executar a cobrança. Antes do jogo, falei para o Denis que a bola do jogo iria sobrar no meu pé. Hoje também joguei no sacrifício, ainda estou com muita dor, tratei todos os dias até a meia-noite. Quando se ganha como hoje, mostra que o sacrifício vale – ressaltou.
Para o duelo das oitavas de final, o capitão são-paulino vê o Galo à frente.
– Me rendo e digo que tecnicamente o time do Atlético tem mais qualidade. Mas hoje tivemos alma – finalizou.
Fonte: Globo Esporte