Eles foram contratados a peso de ouro e chegaram ao futebol brasileiro com muita pompa. Não era por menos. Foram destaques nas ligas nacionais de seus países na temporada passada. Enquanto o agora são-paulino Centurión foi um dos principais jogadores do Racing, da Argentina, na conquista do Torneio Transición, inclusive marcando o gol do título da “Academia”, Arrascaeta, contratado pelo Cruzeiro, mostrou muita habilidade com a camisa do Defensor, do Uruguai, principalmente na disputa pela Libertadores, competição na qual ajudou a levar equipe uruguaia à inédita semifinal. Revelações do futebol sul-americano, eles se enfrentam pela primeira vez em solo brasileiro, nas oitavas da Libertadores. São Paulo e Cruzeiro decidem, nas duas próximas quartas-feiras, uma vaga nas quartas de final da competição continental.
Os dois estrangeiros, porém, vivem momentos distintos. Centurión foi contratado pelo Tricolor por aproximadamente R$ 13 milhões, mas ainda não conseguiu se firmar. Mesmo tendo marcado gol fundamental para o Tricolor bater o Danubio, por 2 a 1, de virada, em jogo dramático no Uruguai, em 15 de abril, o jogador não conseguiu se firmar. Contra o Cruzeiro, ele poderá ganhar chance se Michel Bastos não se recuperar de uma virose que o tirou do treinamento da última segunda-feira, no CT da Barra Funda.
Arrascaeta, por sua vez, custou R$ 12 milhões. Na transação, a diretoria da Raposa adquiriu 50% dos direitos econômicos. Diferentemente do rival argentino, ele é titular absoluto no esquema de Marcelo Oliveira. Apesar do início apagado, ele se firmou no time celeste, marcando gols importantes e também protagonizando bonitos lances, como no empate por 1 a 1 com o Atlético-MG, pelo primeiro jogo da semifinal do Campeonato Mineiro.
Centurión e Arrascaeta se assemelham nos dribles. Fora de campo, têm perfis diferentes. O argentino não concede entrevistas no clube, mas provocou polêmica após a vitória sobre o Corinthians, por 2 a 0, na última rodada da fase de grupos da Libertadores, foi à internet para provocar o rival em uma rede social, dizendo que o jogo “deixou claro qual era o maior time da cidade”.
Já Arrascaeta é tímido, fala pouco, com frases curtas e pouco se destaca fora dos gramados. Entretanto, mostrou que o único objetivo, no Cruzeiro, é conquistar a Libertadores.
Adaptação
Centurión também foi pivô de outras polêmicas durante os três meses de São Paulo. Ele faltou a um treinamento do Tricolor, depois de ser visto em uma casa noturna de Buenos Aires, cidade onde permaneceu depois de o time perder para o San Lorenzo, por 1 a 0, pela Libertadores. Por causa disso, foi multado pela diretoria. Uma entrevista do jogador para uma televisão argentina também repercutiu mal no elenco, pois o atleta reclamou da dificuldade de adaptação e da falta de entendimento com os companheiros.
Se o meia do São Paulo passa por uma vida solitária em uma metrópole como São Paulo, Arrascaeta conta com o apoio da mãe e da namorada, que vêm acompanhando o jogador em Belo Horizonte, para fazer companhia durante este início no Cruzeiro. A ajuda dos companheiros também tem contribuído para o camisa 10 se sinta em casa.
O certo é que, adaptados ou não, contentes ou descontentes, os dois querem ser protagonistas por São Paulo e Cruzeiro, reforçando a certeza de que as investidas milionárias dos dois clubes valeram a pena.
Fonte: Globo Esporte
Ricardo Centurion, no meu time e’ titularissimo,
em outros tinhamos osvaldo ou marlos de titular,
esse gringo e’ muito mais bola, e’ atrevido e parte pra cima
ainda gosta de cara feia, e de gente mediocre que quer
desmoralizar nossas cores com dribles irreverentes, e’ o cara certo pra desastabilizar
idiotas como muitos que tem por ai’.
Jogaria ao lado do 9, e seria o puxador de ataques ra’pidos.