Por cobertura e Libertadores, Morumbi pode ter menos shows em 2013

Em razão da realização de shows no Morumbi, o São Paulo disputou neste ano importantes jogos como mandante fora de casa. Correu esse risco, inclusive, na final da Copa Sul-americana, mas deu a sorte de ter o mando de campo na segunda partida, e não na primeira. Em 2013, isso não deve acontecer, pois o estádio não receberá tantos eventos, segundo o clube.

Vice-presidente social, Roberto Natel explica que a reforma da cobertura, com início provável nos próximos meses, por si só já impede a assinatura de contratos com muita antecedência. “Vamos ter que esperar um pouco mais para garantir que a obra não irá atrapalhar. De repente, algum local do estádio pode ser inviabilizado”, diz.

Além disso, a diretoria não quer reservar data que possa coincidir com um jogo da Libertadores. Nesta temporada, após o clássico contra o Corinthians ser levado para o Pacaembu, também a final da Sul-americana ficou ameaçada: caso o adversário fosse o Millonarios-COL, o mando são-paulino seria na primeira partida da decisão e, portanto, no mesmo dia da apresentação da cantora norte-americana Madonna. A solução cogitada na ocasião era o Pacaembu.

O clube diz que os contratos foram firmados bem antes da divulgação do calendário 2012, contudo as tabelas nunca têm mudanças drásticas em relação ao ano anterior. A última rodada do Brasileiro de 2011 foi em 4 de dezembro, e o Brasileiro deste ano terminou no dia 2, no último domingo antes da primeira final da Sul-americana. Ou seja, o São Paulo se arriscou ao alugar o espaço em 4 e 5 de dezembro, sendo que a organização sempre requer também os dias anteriores.

“Nós arriscamos, sim. Mas deu tudo certo. Felizmente o Tigre-ARG venceu o Millonarios, e fomos mandantes na segunda partida. Fiquei tenso o ano todo, rezando para que a partida contra o Corinthians não valesse nada, como não valeu, e depois também para que passasse o Tigre”, admite Natel, sem arrependimentos por alugar o estádio para Madonna e, ainda, Lady Gaga e Roger Waters.

“Não me arrependo, pelo contrário. Chutando baixo, entre os shows de Lady Gaga, Madonna e a final da Sul-americana, faturamos mais de R$ 6 milhões. Só que agora tenho que tomar cuidado com a obra da cobertura. Não posso simplesmente jogar em Barueri ou Pacaembu. Há vários fatores que me impedem de tomar uma decisão adiantada”, observa.

Embora não tenha impedido que a final da Sul-americana, em 12 de dezembro, fosse no Morumbi, a decisão da diretoria prejudicou o estado do gramado para a partida, tanto que o Tigre não pôde treinar lá na véspera. De acordo com engenheiros agrônomos ouvidos pela reportagem, a grama precisa de aproximadamente duas semanas para voltar a nivelar e se recuperar do peso a que é submetida nesse tipo de evento. As chapas de alumínio colocadas sobre ela, ao mesmo tempo que a protegem, impedem que ela respire.

Até o momento, houve apenas uma sondagem quanto à possibilidade de se fazer um show no Morumbi em abril, época em que já estará em disputa a fase de grupos da Libertadores. A estreia do time tricolor na competição será na fase preliminar, em janeiro, contra adversário a ser conhecido nesta sexta-feira, em sorteio da Conmebol.

Fonte: Gazeta Esportiva

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

*