O que Rogério Ceni pode tirar de lição da estreia para mudar o São Paulo

Ainda é muito cedo para se fazer uma análise do elenco são-paulino com base apenas na derrota para o Audax por 4 a 2, no domingo (5), pela abertura do Campeonato Paulista. Mesmo assim, o técnico Rogério Ceni pode tirar algumas conclusões do que é necessário trabalhar para a sequência da temporada.

Para a partida de quinta-feira, contra o Moto Club, em São Luís, no Maranhão, pela Copa do Brasil o treinador espera já corrigir falhas apresentadas no jogo contra o time de Osasco. O ex-goleiro não deve mudar o sistema tático utilizado (4-1-4-1), mas pode trocar algumas peças e acertar alguns detalhes.

A defesa do São Paulo, único setor elogiado na última temporada, falhou contra o Audax. No primeiro gol, por exemplo, Douglas e Buffarini bateram cabeça. Até mesmo por conta desse lance, Douglas virou alvo de críticas e corre o risco de perder espaço. Uma opção seria recuar Rodrigo Caio para a zaga e colocar João Schmidt no meio de campo. Porém, os jogadores fazem questão de eximir Douglas de culpa pelo resultado.

“É um lance que só acontece com quem está lá dentro. Agora, é corrigir os erros para a próxima partida. O Douglas fez uma boa partida no tempo que jogou, a equipe no geral não conseguiu eliminar o nosso adversário, que era o Audax. Se você vir o segundo gol, principalmente, foi construído no meio de campo. Não é um outro jogador que teve culpa, é o contexto geral. Todos que entraram tiveram culpa”, analisou o zagueiro Maicon, que destaca a importância de tornar o sistema defensivo efetivo.

“A gente tem de fechar o máximo, sabemos que temos uma defesa boa, no contexto geral. A gente sabe que com todo mundo ajudando a marcar, nós podemos defender bem. O ano passado demonstramos isso defensivamente, é só não levar gol, para a gente fechar lá atrás para ajudar a sair com o resultado positivo”, completou Maicon.

Apesar de Rogério Ceni ter solicitado a contratação de um meia, o sistema de criação funcionou e foi elogiado pelo treinador e pelos demais jogadores. Todos destacaram o número de oportunidades que o São Paulo teve contra o Audax. Por isso, não deve haver mudança no setor. A única novidade pode ser a entrada de Cícero, no lugar de Wellington Nem, que se recupera de estiramento no músculo adutor da coxa esquerda. Desta maneira, Cueva seria deslocado para jogar mais aberto pela esquerda. Outra possibilidade é Cueva ser mantido no meio e Neilton ocupar o lugar de Wellington Nem.

Como o jogador de referência no ataque, Chávez foi elogiado e deve ser mantido na equipe. No entanto, a ideia é que o time melhore a pontaria e tenha um melhor aproveitamento nas conclusões.

“Perdemos muitas chances”, lamentou Maicon. “A gente teve oportunidade de fazer o terceiro e o quarto gols contra o Audax. É no dia a dia e no treinamento que temos de trabalhar para não cometermos os mesmos erros para sair com a vitória”, avaliou o lateral direito Bruno.

 

Fonte: Uol

Um comentário em “O que Rogério Ceni pode tirar de lição da estreia para mudar o São Paulo

  1. Concordo: o São Paulo teve chance de “matar” o jogo e não o fez; tenho que reconhecer, por capacidade do goleiro adversário que defendeu bons chutes dos atacantes tricolores. O meio campo e a defesa “bateram cabeça” o tempo todo e, eu acho, pela mudança de posição do Rodrigo Caio (a defesa já tinha ficado muito expostas nos jogos nos EUA, quando o RCaio se adiantava para jogar como volante. O garoto está destreinado na posição e, embora eu tenha defendido o uso dele como volante, devo reconhecer, também, que pode não ser uma boa para o time neste momento.
    Quanto às lições que o Rogério Ceni deve tirar da derrota, uma é a forma de marcar alto. Se é para marcar a saída de bola no campo do adversário, todo o time tem que subir em bloco. No último jogo, o Chaves ficava que nem tonto, correndo de lá pra cá, apertando goleiro e zagueiros mas nenhum companheiro marcava os demais defensores e o esforço do gringo, na grande maioria das vezes, foi inútil (apesar de ter roubado algumas boas bolas). Se é pra marcar alto, todo o time tem que se agrupar no campo do adversário. Falando em agrupamento, o time jogou muito longe um do outro e isto pode ser demonstrado pelas saídas de bolas pelo Maicon, todas em lançamentos longos, o que ajuda a dispersar ainda mais o time. O ponto chave para melhorar tudo isso passa pelos volantes, que não jogaram bem. Aliás, o Tiago Mendes deveria ir para o banco para repensar seu futebol. Se o modelo do futebol pretendido pelo Ceni for o inglês, o time todo tem que se compactar em, no máximo, 15 metros; defender e atacar com, no mínimo, oito atletas e fazer ultrapassagens velozes pelos lados do campo – lógico que o início de temporada complica um pouco o desempenho por falta de preparo físico ideal e por mudança de estilo. Caso contrário, melhor voltar ao velho estilo futebol brasileiro, muito bem representado pelo muricibol!!!

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