Muricy chega ao jogo 400 no São Paulo e quer se aposentar em 2015

Muricy Ramalho atingirá, nesta quarta-feira, contra o XV de Piracicaba, mais uma marca expressiva no comando do São Paulo. O treinador completará 400 jogos dirigindo o Tricolor, ficando apenas 11 de igualar seu mentor, Telê Santana. Idolatrado pela torcida, o técnico fala até em encerrar a carreira após o fim do contrato, em dezembro de 2015.

– É uma marca expressiva, mostra que o trabalho foi reconhecido e deu retorno. Não é fácil ficar tanto tempo em um clube grande como esse, campeão mundial e de tudo. Por isso, esses 400 jogos mostram a nossa competência. É motivo de orgulho, porque atingir essa marca não é para qualquer um. Recebo isso com satisfação, porque sempre procurei trabalhar bem para ajudar o clube – afirmou o treinador, em entrevista ao site oficial.

O treinador é o quarto que mais vezes dirigiu o São Paulo na história. Ele está abaixo apenas de Telê Santana (411), José Poy (422) e Vicente Feola (532). Caso cumpra o vínculo até o fim, Muricy tem grandes chances de assumir a liderança.

– Agora minha ideia é ficar aqui até o final do meu contrato, que tem mais dois anos, e, quem sabe, encerrar a minha carreira. Claro, se me deixarem ficar até lá (risos). Se eu conseguir, aí consigo bater o recorde do Feola. Minha intenção é me aposentar no São Paulo – disse.

Como auxiliar de Telê, Muricy comandou a equipe pela primeira vez no dia 23 de janeiro de 1994. Na ocasião, o Tricolor goleou o Santo André por 4 a 1, pelo Campeonato Paulista. Depois disso, entre idas e vindas, conquistou a Copa Conmebol (94) e três vezes o Brasileirão (2006, 2007 e 2008).

Entre os títulos, Muricy guarda na memória a reação do time para conquistar o Brasileiro de 2008. O Tricolor havia sido eliminado da Taça Libertadores pelo Fluminense, conseguiu superar a pressão pela queda prematura e chegou ao terceiro título nacional.

– O Campeonato Brasileiro estava começando, e o ambiente era muito ruim. Briguei com muita gente pra ficar no São Paulo. Confiei no meu trabalho e no presidente Juvenal Juvêncio e, assim, fomos tricampeões. Se eu tivesse saído, não teria conquistado esse título que, para mim, representa muito – recordou.

No ano passado, voltou ao Morumbi para tirar o time da zona do rebaixamento. E conseguiu até antes do que imaginava. Mesmo assim, quer que o sufoco passado pelo clube em 2013 sirva de exemplo para as próximas competições.

– Temos sempre de conquistar títulos, porque a memória das pessoas é curta. Ano passado foi complicadíssimo, mas conseguimos escapar do rebaixamento. Nunca aconteceu isso no São Paulo. Imagina a vergonha que eu e o Rogério iríamos passar? Nós fomos criados aqui. Felizmente os jogadores acreditaram no trabalho e demos sorte – lembrou.

Em 399 partidas, foram 213 vitórias, 109 empates, 77 derrotas (o time marcou 677 gols e sofreu 392).

Fonte: Globo Esporte

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