O meio-campista Michel Bastos disputou na noite desta quarta-feira sua décima partida pelo São Paulo, mas já acumula duas expulsões no clube. O jogador recebeu o cartão vermelho direto no empate por 2 a 2 contra o Flamengo e levou bronca do técnico Muricy Ramalho, mas negou a intenção de machucar o flamenguista Everton e ainda se mostrou preocupado com a situação do adversário.

“Foi um lance em que eu queria a bola, mas o Everton é muito rápido e tocou antes. Acabei pegando o pé dele, mas não era minha intenção acertar e nem lesionar o jogador. Até falei com o Luxemburgo sobre isso. Fiquei sabendo que ele não voltou para campo e eu queria saber se está tudo bem. Nunca fui um jogador desleal e todo mundo que me conhece sabe que é uma coisa nova ter duas expulsões em pouco tempo. Não quero ficar com imagem de jogador desleal, porque não é minha característica”, comentou.

Fernando Dantas/Gazeta Press

Michel Bastos acumula duas expulsões em apenas dez jogos pelo São Paulo, e Muricy não gostou

A expulsão aconteceu aos 27 minutos do segundo tempo, quando Michel Bastos acertou a perna de Everton com um carrinho violento, na lateral do campo. Até mesmo o técnico Muricy Ramalho ficou incomodado com o lance e condenou a atitude de seu atleta.

“Ele foi expulso mais uma vez de forma merecida. No futebol mundial não se admite mais carrinho, e aqui a arbitragem põe para fora mesmo. Foi uma entrada muito dura, perigosa demais. Foi na minha frente”, ponderou o técnico, que acrescentou.

“Não pode falar que é só no Brasil que expulsam. Ele que tem de melhorar. Se tivesse dado um carrinho assim na Europa, seria expulso também. Esse negócio de dar voadora e carrinho não existe mais”, afirmou.

Apesar de repreender o jogador, que já havia sido expulso também contra o Figueirense, Muricy descartou uma multa ao atleta, que atuou na lateral esquerda nesta quarta-feira, substituído Álvaro Pereira, suspenso.

Fonte: Gazeta Esportiva

“Esse negócio de mexer bolso do jogador não resolve. O que resolve é uma boa conversa. Vamos explicar para ele as coisas e mostrar o caminho. Punir só pelo erro dele não vai adiantar”, completou.