Mano tenta aliviar discurso, mas volta a insinuar entrega do São Paulo

O técnico Mano Menezes, do Corinthians, concedeu uma entrevista para o Esporte Espetacular exibido neste domingo onde tocou em diversos assuntos polêmicos de sua carreira, entre eles, a insinuação que o treinador teria feito a respeito do jogo em que o São Paulo perdeu para o Ituano e eliminou o Alvinegro do Campeonato Paulista.

“O São Paulo já tinha atingido seus objetivos, o torcedor não queria que ganhasse o jogo e a  gente precisa falar sobre isso porque os cartazes estavam lá expostos no campo, houve a comemoração do resultado (derrota). Tudo isso está inserido dentro de um jogo”, contextualizou.

“Quando é assim, foge do normal, lógico que o comportamento do jogador não é exatamente o mesmo, sem que isso seja levado para o lado da desonestidade, da sacanagem, que nunca falamos sobre isso”, tentou se explicar Mano.

O problema ocorreu pois o Ituano disputava posição no grupo do Corinthians, que apenas empatou com a Penapolense e acabou sem chances matemáticas de avançar. Nas entrevistas após a rodada, o treinador corintiano disse: “Cada um sabe com qual consciência coloca no travesseiro para dormir. No futebol, tudo é possível. Eu não tenho dúvida nenhuma.”

A declaração incomodou Muricy Ramalho, técnico do São Paulo, que respondeu chateado: “Eu estou aqui há 40 anos e tenho que ouvir o que ouvi ontem. Eu durmo bem pra caramba, não aceito esse tipo de insinuação não. Não aceito o que o Mano insinuou.”

Mano Menezes ainda tocou em outro assunto envolvendo Corinthians e São Paulo: a troca entre Alexandre Pato e Jadson. “Se avaliou a partir de determinado momento é que o Pato não estava exatamente feliz aqui no Corinthians e o Corinthians não estava exatamente feliz com o Pato. E surgiu a oportunidade com o Jadson, não estava exatamente feliz no São Paulo”, descreveu.

“Futebol é assim, não vamos insistir em algo que não vem dando certo para ambas as partes. Precisávamos muito de um jogador para a armação e quando você tem um jogador com estas características as coisas tendem a caminhar melhor”, elogiou.

O treinador do Corinthians ainda falou sobre sua saída do Flamengo, disse que não teve só um motivo para deixar o Rubro-negro no ano passado e que imaginava que seria criticado por deixar a equipe após ver que as coisas não estavam funcionando como ele gostaria. “As pessoas não entendem que o técnico pode querer sair – mas os clubes podem mandar embora a hora que quiser. Entendi que a maior colaboração naquele momento era sair”, avaliou.

Com relação a seleção brasileira, Mano disse que não ficou chateado com Felipão – que o substituiu – nem com Daniel Alves, que elogiou Scolari por ele ter “ideias claras” e “experiência de ter disputado Copa”.

“Só não falo mais (sobre seleção) porque aquilo que posso falar  pode ser mal interpretado, como o Dani Alves falando que é importante ter campeão do mundo, aí falam que é desrespeito comigo. Não é: é um elogio para que está lá agora”, desconversou.

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