Lúcio tira licença e para de treinar no São Paulo após pedir rescisão

O zagueiro Lúcio não treina mais no CT da Barra Funda e sob o comando dos preparadores do São Paulo. Há pouco mais de uma semana o jogador recebeu permissão da diretoria do clube, formalizada numa licença do trabalho, para deixar de ir ao local cumprir sua rotina de atividades. A decisão veio após ele pedir aos cartolas uma reunião para rescindir seu contrato, que vai até o fim de 2014.

Ao término da temporada, clube e jogador definirão como será a saída. Se uma improvável proposta aparecer – que agrade a Lúcio e ao São Paulo – ele será negociado. Senão, as partes negociarão a rescisão de contrato.

Lúcio pressionou a diretoria por um acordo para deixar o São Paulo há cerca de duas semanas. O jogador não havia recebido nos últimos meses nenhuma posição sobre seu futuro no clube e não pretendia virar o ano sem definir a situação.

Após o afastamento, Lúcio e seu estafe foram contatados por clubes de médio porte da Europa e da Ásia sobre uma possível transferência. O atleta, no entanto, não tinha até o meio do ano interesse em deixar a capital paulista, onde sua família está adaptada após 12 anos entre Alemanha e Itália – ele passou Por Bayer Leverkusen, Bayern de Munique, Inter de Milão e Juventus. A esperança do zagueiro era que a queda de Paulo Autuori e a chegada de Muricy Ramalho lhe rendesse uma nova chance, o que foi vetado pela diretoria.

Aos 35 anos, Lúcio foi a principal contratação do São Paulo para a atual temporada. Ele está afastado desde julho. Ficava isolado e não tinha contato com outros atletas. A escala de trabalho do zagueiro era inversa à do elenco: se o time treinava pela manhã, ele tinha de ir ao CT da Barra Funda apenas depois do almoço, e vice-versa.

O isolamento de Lúcio foi um pedido do técnico Paulo Autuori às vésperas da excursão para o exterior para a disputa das Copas Audi, Eusébio e Suruga. O treinador chegou a dar indiretas para o jogador antes da decisão, o criticou por “volúpia” e mandou recados. Dias antes da viagem, pediu à diretoria o afastamento do atleta por acreditar que Lúcia exercia influência negativa sobre os companheiros.

O zagueiro teve problemas antes de seu afastamento, no primeiro semestre, ainda sob o comando de Ney Franco. Lúcio se irritou ao ser substituído em partida contra o Arsenal de Sarandí, na Argentina, pela fase de grupos da Libertadores. Após a derrota do São Paulo, por 2 a 1, o jogador não ficou no vestiário e foi direto ao ônibus da delegação. Depois, no desembarque no Brasil, criticou a decisão do técnico e afirmou que “quando saiu, o jogo estava 0 a 0”.

Com a licença aprovada e longe do clube, o afastamento de Lúcio é assunto que se prorroga até o fim do ano para a diretoria do São Paulo. Ninguém no clube cogita a possibilidade de dar nova chance ao jogador.

 

Fonte: Uol

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