Caso Paulo Amaral registre sua candidaturana semana que vem, a próxima eleição presidencial do São Paulo será uma reedição do pleito de 2000, quando Amaral enfrentou – e venceu, por diferença de apenas cinco votos – Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, único candidato confirmado até o momento.

Até o início da tarde de quinta-feira, Leco, que assumiu o comando do clube interinamente após a renúncia de Carlos Miguel, tinha a perspectiva de chapa única. Horas depois, no entanto, Paulo Amaral confirmou ao GloboEsporte.com que foi sondado por grupos de oposição e analisa a possibilidade de também concorrer.

Há 15 anos, quando se enfrentaram pela primeira vez, ambos fizeram uma disputa muito acirrada e com acusações mútuas de oferecimento de cargos em troca de votos. Candidato da situação para suceder José Augusto Bastos Neto, Amaral venceu por 117 a 112 e presidiu o clube de 30 de abril de 2000 a 20 de abril de 2002.

Se Amaral já teve a experiência no poder – período em que ganhou dois títulos (Campeonato Paulista de 2000 e Rio-São Paulo de 2001) e ficou marcado também pelo afastamento do goleiro Rogério Ceni –, Leco realiza agora seu sonho de ser presidente do São Paulo, ainda que de forma interina, graças à renúncia de Aidar.

Com passado banqueiro, Amaral é visto por uma coalizão de grupos da oposição como nome capaz de equilibrar financeiramente o São Paulo, cuja dívida é de R$ 272 milhões. Atualmente, ele é vice-presidente do departamento de finanças da Federação Paulista de Futebol.

O Conselho Deliberativo tem ao todo 240 cadeiras, sendo 160 para membros vitalícios e 80 para temporários. A expectativa é de que cerca de 180 conselheiros participem. Para cumprir o restante do mandato de Aidar (até abril de 2017), é necessário ter maioria simples de votos (50% mais um).

Fonte: Globo Esporte