Grafite lembra fanatismo pelo SP, gol polêmico e desmaio em montanha suíça

A carreira de Grafite rendeu ao atacante dezenas de histórias para contar. Desde que começou no interior paulista, em 1999, ele já passou pelo futebol da Ásia e da Europa, além de vestir a camisa de grandes clubes do Brasil. Grafite jogou até Copa do Mundo, mas a relação com o futebol começou com o fanatismo pelo São Paulo.

O jundiaiense Edinaldo Batista Libânio, que só viraria Grafite muitos anos depois, comemorou demais um presente do irmão. “A primeira camisa do São Paulo que ganhei foi a de 91, foi meu irmão que me deu. Ele ganhou uma nova e me deu essa, e eu usei uns cinco dias seguidos”, lembra o artilheiro ao canal ESPN, garantindo sempre ter sido tricolor.

“Acompanhava na Libertadores, depois no Mundial em 92 e 93, ficava até de madrugada acordado”, recorda, satisfeito por ter jogado pelo clube na década seguinte. “Em 2004 tive a felicidade de chegar no São Paulo depois do Goiás. O começo não foi fácil porque o São Paulo não ganhava títulos há muito tempo, mas depois fomos campeões”, completa, em referência ao Paulistão, à Libertadores e ao Mundial de 2005.

Gol controverso ajuda rival e irrita são-paulinos

Rubens Cavallari/Folhapress

Antes das glórias, no entanto, Grafite provou da irritação da torcida tricolor. Foram dele os gols que salvaram o Corinthians do rebaixamento no Campeonato Paulista de 2004. O São Paulo venceu por 2 a 1, rebaixou o Juventus e acabou beneficiando o rival.

“O pior foi que no outro dia eu fui dar uma entrevista para um jornal, coloquei o pé no joelho de um corintiano e rapaz… A torcida reclamou comigo, ein”, recorda o atacante, lembrando os xingamentos entre risadas.

Desmaio em pré-temporada com o Wofsburg

Divulgação

Felix Magath foi por muito tempo o terror do futebol alemão. O treinador ficou conhecido mundialmente por seus métodos de treinamento pouco ortodoxos, e Grafite foi uma de suas “vítimas” no Wolfsburg entre 2007 e 2009. Em uma pré-temporada na Suíça, o brasileiro não aguentou escalar uma montanha.

“Nós tínhamos disputado um torneio na Suíça. Jogamos de noite, e no outro dia teríamos treinamento de manhã”, conta Grafite. Mas Magath parecia ter mudado de planos e avisou o elenco: ‘não vamos treinar, não, vamos só tomar café’, e a caminhada começou sem ninguém saber para onde.

“Fomos andando, andando. Começou a subir, e o pessoal todo tirando cachecol, blusa”, lembra Grafite. “Foi subindo e chegou uma hora que eu não aguentava mais e sentei. E aí, quando sentei, na hora eu apaguei, desmaiei. E ele (Magath) me chamando: ‘Graffa, Graffa’ até eu acordar”, conta o atacante.

Ao final da caminhada íngreme, o prometido: o café da manhã, lá em cima, no topo da montanha. “Esse dia foi inesquecível. Cheguei lá em cima e os caras pareciam que tinham saído da cadeia, comendo tudo que viam pela frente”, ri o jogador.

 

Fonte: Uol

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