Fim da DIS cria ‘saldão’ de jogadores e coloca 50 atletas no mercado

A DIS, do grupo Sonda, encerra as atividades no futebol neste fim de ano e, enquanto isso, tenta negociar os jogadores dos quais ainda detém parcela de direitos econômicos. O afastamento da empresa que foi uma das que lideraram os investimentos no futebol nos últimos anos criará, agora, uma bolha no mercado. Com desejo e necessidade de vender, a DIS coloca a preços disponíveis pelo menos 50 jogadores dos quais ainda tem direito.

O alvo da empresa não é vender, neste momento, atletas como Paulo Henrique Ganso, do São Paulo, Dedé, do Cruzeiro, ou Andrés D’Alessandro, do Internacional. Os mais badalados da empresa são vistos como investimentos seguros, respaldados pelo mercado e livres de desvalorização. O objetivo é comercializar atletas de menor expressão, que vão se desvalorizar se não estiverem em evidência.

As vendas propostas pela DIS não significam necessariamente tirar um jogador de um clube e passa-lo a outro. As propostas envolvem comercialização de direitos econômicos ao próprio clube com o qual o atleta tem contrato, e também a outros grupos de investimento.

O primeiro procurado pela empresa de Delcir Sonda foi o agente português Jorge Mendes, que gerencia as carreiras de astros como Cristiano Ronaldo, Falcao Garcia e José Mourinho. No Brasil, Mendes é representado pelos ex-jogadores Deco e Luizão, que conversam com a DIS neste primeiro momento. Além de ser proprietário e comandar a GestiFute – maior empresa de gerenciamento de carreiras do mundo do futebol –, o português tem também um grupo de investimentos e adquire direitos econômicos de jogadores. Neste momento, ele analisa os jogadores que a DIS detém e avalia quais poderá comprar.

Independentemente dos negócios que fará com Jorge Mendes, a DIS movimentará o mercado brasileiro. A maioria dos atletas que a empresa detém joga no país e, em meio a preços altos do mercado, está disponível para negociar.

O encerramento das atividades da DIS abre espaço também para um novo grupo de investidores que surgirá no Brasil a partir de 2014. Toda a equipe do braço esportivo do grupo Sonda está contratada e irá trabalhar com os empresários Fernando Garcia e Marcus Sanchez, em nova empresa. A dupla já atuou em negócios pontuais em 2013, e participou das transações envolvendo os zagueiros Cleber, da Ponte Preta para o Corinthians, e Dedé, do Vasco para o Cruzeiro. Agora, atuaram na venda do meia Marlone, que seguiu o mesmo caminho do defensor da seleção brasileira.

A DIS encerrará as atividades por causa do desgaste decorrente da transferência de Neymar ao Barcelona (ESP). O ex-atacante do Santos foi vendido por 17 milhões de euros (R$ 49,6 milhões). O Santos ficou com 9,35 milhões de euros (R$ 27 milhões), a DIS embolsou 6,5 milhões de euros (R$ 18,9 milhões) e a Teisa, dona de 5% dos direitos do atacante, lucrou outros 860 mil euros (R$ 2,5 milhões).

No entanto, a DIS questionou uma série de pontos nessa divisão. A empresa apontou amistosos, preferência em negociações com outros jogadores santistas e até um adiantamento dado a Neymar como formas de reduzir o valor que o Santos destinou ao grupo.O imbróglio ampliou uma rusga que já existia entre Santos e DIS. A empresa chegou a acionar a justiça para tentar receber um valor maior pela transferência de Neymar.

 

Fonte: Uol

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