Breno impressionou o São Paulo pela cabeça boa pós-prisão

Breno chamou a atenção dos profissionais do São Paulo em 2007, aos 17 anos, quando deu um tapa na cara do consagrado atacante argentino Martín Palermo, do Boca Juniors (ARG). Passado o tempo, e todo o episódio que o levou à prisão, a capacidade de impressionar pela maturidade ainda está presente. E, para quem convive com ele, pode ser determinante para a total recuperação nesse período de volta aos gramados.

Quando Breno chegou ao clube no início deste ano, após ficar mais de três preso na Alemanha por incendiar a própria casa, todos no São Paulo se perguntavam: Como está a cabeça dele? Como vai lidar com as provocações que virão em campo? A resposta gerou surpresa.

Desde que voltou à Barra Funda, o zagueiro leva com bom humor as menções ao período na prisão. Diverte os colegas com contos pitorescos oriundos da vida no cárcere. E nem por isso deixa de ser respeitado. Passa a imagem de um cara maduro, reformulado, que aprendeu com o que passou.

Na segunda-feira, um dia após a volta aos campos, no clássico contra o Corinthians, no Morumbi, o jogador falou sobre as provocações inevitáveis que ele sabe que virão e mostrou como age.

– Sou tranquilo, não ligo de brincadeira assim sobre esse assunto. Pode provocar mesmo que eu levo numa boa. Aqui mesmo no São Paulo os meninos brincam. O Wesley vive falando cadeia (risos). Não ligo, acho até legal. “Legal que o Breno vai dar coletiva, né? Até outro dia estava preso.” É uma brincadeira sadia – contou o camisa 33.

Breno também garante ter superado os problemas com álcool, que, segundo ele, culminaram no crime pelo qual foi preso quando atuava pelo Bayern de Munique.

– Nunca tive problema psicológico. O acidente foi por conta de bebida, algo exagerado, saí de mim. Claro que a doutora Anahí Couto (psicóloga do clube) conversou comigo, mas é com todos os atletas e de todos os funcionários. Sei o que fiz no passado, o que errei e paguei por isso. Tem que sempre sair de cabeça erguida, porque paguei por todos erros e agora posso pensar em coisas boas.

O modo como Breno lida com o passado não é uma garantia de que o futuro será um mar de rosas. Lidar com erros é uma tarefa permanente do ser humano. No entanto, os relatos otimistas e admirados de quem está perto soam como um feixe de luz onde já houve muita escuridão.

O zagueiro comemorou o retorno como uma conquista de vida. Quase nem dormiu à noite. Nada mais do que justo. O São Paulo já o recebeu e o são-paulino, também.

Fonte: Lance

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