Andrés evita dormir em CT são-paulino

A batalha política para fazer do Itaquerão o estádio paulista da Copa do Mundo fez nos últimos anos do ex-presidente corintiano Andrés Sanchez um antagonista do colega são-paulino Juvenal Juvêncio e uma espécie de figura “anti-tricolor”. Nesta semana, agora como diretor de seleções da CBF, o cartola experimenta a inusitada situação de ter de trabalhar em um território que já foi “inimigo”, com a estadia da equipe de Mano Menezes em Cotia no CT que pertence ao clube do Morumbi.

Ao contrário de partidas fora do país, ou mesmo em outros lugares do Brasil, Andrés não tem passado as noites antes do jogo de sexta-feira com a África do Sul junto com a delegação. O diretor não vê necessidade de dormir no local pelo fato de ter residência na capital paulista. Assim, evita a decoração tricolor do quarto, de toalhas a jogo de cama, em detalhes que conheceu recentemente em visita oficial a Cotia ao lado do presidente da CBF José Maria Marin.

Mesmo assim, a passagem diurna pelo CT das categorias de base do São Paulo tem feito Andrés chamar atenção dos garotos que treinam no local. O antigo presidente do Corinthians tem sido solicitado para fotos, assim como as estrelas atuais da seleção. Os jovens relatam encontros amistosos com o cartola.

Na última quarta-feira, por exemplo, o diretor foi assediado por um grupo meninos da equipe sub-16 do São Paulo, como o aspirante a volante Roberto Menezes. “Tirei foto com o Andrés. Ele é bem tranquilo, muito gente boa”, diz o jovem conhecido no clube como Robertinho.

Distante dos tempos de trocas de farpas com Juvêncio, no embate de grandeza Corinthians x São Paulo, Andrés bateu um papo longo e descontraído com René Simões, atual diretor-técnico da base tricolor. Os dois foram os últimos a deixar o campo principal do CT após o treino de quarta-feira, com os jogadores da seleção já instalados de volta no hotel da estrutura.

No entanto, mesmo oficialmente fora do Corinthians e agora na CBF, Andrés teve instantes recentes de atrito com o São Paulo. Nos bastidores os diretores do clube teriam reclamado de tentativa de interferência do diretor na negociação que levou Lucas ao PSG da França [informação do Blog do Birner em 13 de agosto].

Antes disso, em fevereiro deste ano, o diretor teve que se retratar oficialmente ao São Paulo e seu então treinador Emerson Leão. No incidente Andrés usou o termo “mentiroso” para rebater um comentário do técnico sobre a apresentação de Lucas à seleção [Leão disse que alguém havia sugerido ao jogador que levasse cartão amarelo proposital para forçar suspensão e se apresentar antes a Mano Menezes].

Fonte: Uol

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