Amigo de Muricy, Carlinhos quer usar pé direito “vilão” a favor do São Paulo

Carlinhos foi contratado pelo São Paulo com o aval de um velho conhecido dos tempos de Fluminense: o técnico Muricy Ramalho. Companheiros na campanha do título brasileiro de 2010, eles vão reeditar a parceria no Tricolor paulista. O lateral-esquerdo, inclusive, diz nunca ter perdido contato com o antigo treinador, que mesmo nas Laranjeiras, gostava de relembrar os bons tempos no Morumbi, onde iniciou carreira de jogador e foi tricampeão brasileiro como técnico.

O lateral-esquerdo, porém, iniciará sua trajetória na nova casa em “dívida” com a torcida. Se, por um lado ele tem uma história vitoriosa ao lado de Muricy, por outro, já causou incômodo ao outro ídolo tricolor, Rogério Ceni. Revelado no Santos, ele fez dois gols sobre o goleiro-artilheiro, ironicamente, usando o pé direito. Ambos em clássicos e no fim das partidas, em 2005 e em 2007. Agora, o desejo é usá-lo a favor do São Paulo.

– Tenho mais gols de direita do que com a perna esquerda. Se der brecha, corto pra dentro e dou uma chapada. É treino – disse Carlinhos, que será apresentado na manhã desta segunda-feira.

Confira a íntegra da entrevista com o lateral-esquerdo.

O que significa reencontrar o Muricy Ramalho depois de quatro anos?
É muito bom, até pelo projeto que ele está fazendo no São Paulo. A expectativa é boa, tomara que dê certo e se repita o que aconteceu no passado. Em 2010, nos juntamos no Fluminense e, logo de cara, conseguimos o título brasileiro.

Ele, de alguma forma, influenciou na sua contratação?
Ele sempre falou do São Paulo. Há muito tempo, quando ainda estávamos no Fluminense, ele já falava do clube. E não é só isso. Por ser do estado, eu já conhecia e sabia da grandeza do São Paulo. Foi muito bom reencontrá-lo aqui.

Você tem um gol importante contra o São Paulo. Lembra-se?
Foi meu primeiro jogo na Vila Belmiro como profissional. Eu joguei com a chuteira do Robinho. O Santos ganhou de 2 a 1 e eu fiz o gol da vitória. E marquei também em 2007. Se o São Paulo ganhasse, poderia ir para a fase seguinte com a vantagem do empate, mas consegui um gol no fim. Na final, fomos campeões ganhando do São Caetano.

E os dois gols de pé direito, o que é raro para um lateral-esquerdo. Como explica isso?
Tenho mais gols na carreira de pé direito do que com a perna esquerda. Quando se tem uma deficiência, é preciso treinar. E de tanto treinar, acaba acertando. Fui feliz ao fazer gols assim. Se derem brecha, eu corto para dentro e dou uma chapada. Faço muito durante os treinos. Como sou lateral-esquerdo, o marcador sempre acha que vou para o fundo. Quando levamos para dentro, eles acham que não vai acontecer nada. Comigo é diferente, acontece.

Então o São Paulo terá um lateral-artilheiro? Essa é sua principal arma?
Não, primeiro são os cruzamentos (risos). Marcar, chegar ao fundo e depois cruzar. Mas, sempre que eu tiver chance, vou tentar o chute.

O que te levou a assinar contrato com o São Paulo?
Sempre quero jogar em grandes clubes e o São Paulo é um deles. Outros clubes me procuraram, até com salário maior, mas optei pelo São Paulo por conta do projeto e, principalmente, pelo Rogério, por poder jogar com ele. O fato de ele ter renovado contrato ajudou, além do que o São Paulo fez no ano passado. Vai ser um grande prazer vê-lo encerrar a carreira, espero ajudá-lo a fechar com chave de ouro.

E o entrosamento com o Bruno, lateral-direito que atuou com você no Fluminense e agora será seu companheiro no São Paulo?
Vai ajudar muito porque nós já jogamos juntos. Quando ele marca, eu ataco, e vice-versa. A torcida do São Paulo pode esperar que vai dar certo.

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