Toda despedida passa por desprendimento. E a hora chegou para Rogério Ceni. A um mês e meio de encerrar sua trajetória no futebol, o goleiro do São Paulo vem, aos poucos, deixando pra trás velhos hábitos com os quais se acostumou em 24 anos de carreira.
O homem que por 928 vezes foi capitão do Tricolor, tem passado a faixa para os companheiros. Foram três vezes este ano, para homenagear e reconhecer a importância de Kaká, Alvaro Pereira e Ganso.
Com o gesto, Ceni deixa o torcedor aflito, por saber que a partir do ano que vem não haverá mais o grande capitão. Mas também ajuda o clube a projetar o novo líder. Kaká não deve ficar em 2015, mas Alvaro e Ganso são candidatos, com vantagem para a liderança do primeiro.
Ceni também tem aproveitado os últimos dias como jogador para se despedir de lugares. Na quarta-feira, jogou pela primeira vez em Chapecó a, apesar do empate em 0 a 0 com a Chapecoense, saiu encantado com a recepção recebida.
– Fiquei feliz porque foi uma cidade que nos recebeu bem. Uma arena bacana, um bom gramado. Melhorando um pouco a iluminação, ficará um estádio perfeito – afirmou.
Até o fim do ano, o goleiro tem dez jogos garantidos e pode chegar a 16. Se não desfalcar mais o time, serão cinco cidades garantidas para despedidas, podendo chegar a sete, dependendo da campanha do São Paulo na Copa Sul-Americana.
No clube, ninguém imagina como será o dia seguinte ao adeus de Ceni. Ficará um vazio. A memória de ídolos deste porte jamais se apagam. O goleiro sabe disso e por isso vai, aos poucos, deixando tudo para trás…
AS AÇÕES DO MITO
Alan Kardec
Em 16 de julho, Kardec defendeu o Tricolor em jogos oficiais pela 1 vez. Ante o Bahia, Ceni abriu o placar em cobrança de pênalti e prometeu ao atacante que uma nova penalidade seria dele. Depois, Alan Kardec faria o seu com bola rolando.
Alexandre Pato
Já em 30 de julho, foi a vez de Pato ser ajudado pelo capitão. Contra o Bragantino, pela Copa do Brasil, Ceni abriu mão de cobrar penalidade para o camisa 11 fazer as pazes com as redes e emplacar a melhor sequência desde a chegada ao Tricolor.
Kaká
Até mesmo Kaká precisou de uma mãozinha do goleiro-artilheiro. Contra o Vitória, no dia 10 de agosto, o craque reestreou no Morumbi e ganhou como presente pelo retorno à casa do São Paulo a braçadeira de capitão de Rogério Ceni.
Alvaro Pereira
O uruguaio cruzou o planeta para se juntar à delegação do São Paulo no Chile e enfrentar o Huachipato no último dia 15. Como recompensa pelo esforço para ajudar o time na Copa Sul-Americana, Ceni também optou por repassar a faixa de capitão.
PH Ganso
Na última quarta-feira, Rogério Ceni decidiu nomear Paulo Henrique Ganso como capitão tricolor contra a Chapecoense. A atitude foi tomada para recompensar a dedicação e as boas atuações recentes do Maestro na temporada.
Fonte: Lance
Pois e. Vai dificil se acostumar sem o maior jogador da historia do clube e um dos maiores do mundo. Se fosse europeu, seria por varios anos o melhor goleiro do mundo. Mas gracas a Deus, ele brasileiro e saopaulino.
Líder é isso mesmo… não precisa usar a faixa de capitão, que é simbólica. Líder é aquele que motiva o grupo com suas preleções, que ajusta o time em campo numa bola parada…e aquele que cobra e incentiva. E o pior, em breve ficaremos órfãos desse líder…