Rivais do São Paulo ganham ajuda de Barcos, fazem turismo no metrô e planejam balada pós-jogo

Loja é uma pacata cidade do Equador com pouco mais de 185 mil habitantes. Não tem baladas, nem metrô, tampouco uma grande estrutura para a LDU, time da cidade. Por isso os equatorianos estão no Brasil não só para tentar derrotar o São Paulo. Eles aproveitam o momento histórico de disputar uma competição internacional pela primeira vez e se impressionam com os atrativos da capital paulista, com direito a uma recepção especial do ídolo palmeirense Hernán Barcos.

A delegação da LDU chegou ao Brasil no sábado e se prepara para enfrentar o Tricolor pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana na quarta-feira, no Morumbi. Entre as horas de descanso e as brincadeiras com os colegas na concentração em um hotel da região central da cidade, eles tiveram momentos de turistas. Passearam pela Avenida Paulista, conheceram o metrô e fizeram compras em lojas de artigos esportivos.

Só não conheceram os prazeres da noite paulistana porque sabem que é preciso se poupar para um dos jogos mais importantes da história do clube. Mas não vão perder a oportunidade. O meia Carlos Feraud completou 22 anos nesta terça-feira e já planeja uma comemoração especial para seu aniversário.

Quer conhecer uma balada e, principalmente, as mulheres brasileiras após a partida no Morumbi. Ele e seus companheiros ainda não sabem o destino, mas têm um guia no próprio time: o atacante brasileiro Fabio Renato.

“Eles querem sair, comemorar o aniversário e também conhecer as brasileiras. Vamos comemorar o aniversário dele, mas só depois do jogo”, disse Fabio.

Apesar da curiosidade, o lazer fica em segundo plano na estada em São Paulo. A delegação fez o reconhecimento do gramado do Morumbi na noite de terça-feira e realizou um treinamento no CT do Palmeiras, na segunda. Curiosamente, graças à ajuda do argentino Hernán Barcos.

O atacante alviverde jogou na LDU de Quito na temporada 2010/2011 e conhece boa parte dos jogadores e da diretoria do time xará. Foi ele quem conversou com o gerente de futebol Cesar Sampaio para que liberasse o centro de treinamento para os equatorianos.

Barcos mostrou que é bom anfitrião. Ele e sua família levaram o atacante Franklin Salas, que também atuou na equipe de Quito até 2010, a uma tradicional churrascaria. O encontro aconteceu no domingo, véspera da viagem do Palmeiras para a Colômbia.

“Barcos é um amigo pessoal. Fomos a uma churrascaria, como dizem aqui no Brasil, com a família. A comida é muito boa”, aprovou Salas, que também defende a seleção de seu país.

O jogador e seus colegas ficaram encantados com a estrutura do Palmeiras, bem diferente das instalações da universidade de Loja, onde fazem seus treinamentos diários.

“Não tem como comparar. É como se o Palmeiras tivesse 90%, e a gente 10%. É primeiro mundo. Seria um sonho ter um complexo como esse lá”, disse o lateral esquerdo Koob Hurtado.

O sonho é compartilhado pelo presidente do clube, Jaime Jiliajicencio. O dirigente aproveitou a viagem para aprender um pouco de gestão com os brasileiros. Além de conhecer o CT do Palmeiras, visitou a base são-paulina em Cotia e se reuniu com dirigentes do São Paulo na tarde de terça-feira.

Jaime está empolgado com o momento histórico do clube que está em seu primeiro ano na divisão de elite do Campeonato Equatoriano e eliminou o atual campeão uruguaio, o Nacional, da Copa Sul-Americana com uma vitória fora de casa.

“É algo novo, histórico, não é fácil estar entre os 16 melhores da Sul-Americana. Estamos em 61º no ranking da Conmebol e queremos melhorar. Essa viagem está sendo ótima não só pelo jogo. Mas te ajuda a ver melhor, compreender como outros clubes trabalham e a ganhar experiência. Seria um sonho no futuro ter um complexo como os clubes têm aqui. Quem sabe no futuro”, afirmou.

 

Fonte: UOl

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

*