Ricardo Gomes vê meio-campo como setor carente e Palmeiras à frente

Ricardo Gomes detectou qual setor do São Paulo precisa de mais trabalho para evoluir, durante a semana de treinos fechados no CT da Barra Funda: o meio de campo. Desde a saída de Ganso para o Sevilla o time perdeu a referência de criação. Agora, para o clássico com o Palmeiras, rival que o comandante vê um pouco à frente para o Choque-Rei desta quarta-feira, na arena, ele tem ensaiado formação com três volantes, pois Cueva serve a seleção peruana.

– Nós temos de ter um rendimento melhor no meio de campo. Isso é o principal. Esse clássico tem um peso, tem a rivalidade. São duas coisas: têm três pontos disputados, mas tem o rendimento. Trabalhamos bastante para melhorar principalmente o rendimento do meio de campo. Vi que podemos melhorar muito a movimentação e a chegada ajudando os atacantes. Isso foi o principal – disse, em entrevista à TV Globo.

 

Ricardo Gomes São Paulo (Foto: Ana Luiza Rosa/saopaulofc.net)Ricardo Gomes e auxiliares: São Paulo tenta subir na tabela (Foto: Ana Luiza Rosa/saopaulofc.net)

Na 12ª colocação, com 28 pontos, e sem vencer desde o dia 7 de agosto, quando bateu o Santa Cruz, por 2 a 1, o São Paulo está atrás do líder Palmeiras, rival com ligeiro favoritismo para o Choque-Rei na visão do treinador.

– Eles vivem um melhor momento do que o São Paulo e jogam em casa. Diria um pequeno, bem pequeno (favoritismo). Esse é o choque, o jogo… todos jogos valem três pontos, mas se consegue uma vitória em um clássico, a recuperação do rendimento e da confiança vêm juntos.

Por conta da invasão ao CT da Barra Funda, no último dia 27 de agosto, Ricardo Gomes, os outros integrantes da comissão técnica e dirigentes do clube também trabalharam para recuperar o emocional dos atletas.

  Eles (Palmeiras) vivem um melhor momento do que o São Paulo e jogam em casa. Diria um pequeno, bem pequeno (favoritismo). Esse é o choque, o jogo… todos jogos valem três pontos, mas se consegue uma vitória em um clássico a recuperação do rendimento e da confiança vêm juntos
Ricardo Gomes, técnico do São Paulo

Wesley, Carlinhos e Michel Bastos foram agredidos. Também houve ameaça e ofensas aos jogadores. Camisas e bolas de treino foram roubadas. A investigação da invasão é conduzida pela Drade (Delegacia de Polícia de Repressão e Análise aos Delitos de Intolerância Esportiva) da Polícia Civil. Na última segunda-feira, o próprio comandante prestou depoimento.

– Não foi um trabalho só meu, mas do clube inteiro. Tem a crítica, teve ameaça… Tem de recuperar não só o jogo, mas também a cabeça do jogador. Não foi fácil. Também (é um trabalho de psicologia). Com a Anahy (Couto, psicóloga), temos profissionais capacitados – disse.

Apesar do abalo emocional, Ricardo Gomes deixa o episódio no passado. Apresentado no dia 16 de agosto, ele soma três jogos, dois empates e uma derrota. Agora, busca a primeira vitória no Choque-Rei para tranquilizar o ambiente. Ele não enxerga nesse momento o rebaixamento como um risco iminente. O time tem quatro pontos a mais do que o Internacional, 17º colocado e primeiro dentro da zona da degola. Com os iminentes reforços do atacante Robson, do Paraná, edo meia Jean Carlos, do Vila Nova (pertence ao São Bernardo), a ideia é terminar a temporada sem passar sustos.

– Hoje olho para cima e quero ver o rendimento subindo. Não vejo perigo (de queda), mas uma coisa é conversar aqui e a outra coisa é no jogo. Cada jogo tem sua historia. É ditado, é velho, mas é verdade: muito concentrado e determinado você consegue sair dessa situação, que não é a do São Paulo. Temos de subir bem na colocação e a partir daí mirar o G-4. O 12º colocado falando de G-4 parece que o cara está longe da realidade. Vamos subir e depois falar em G-4.

 

Fonte: Globo Esporte

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