René Simões detona São Paulo pela contratação de Foguete: ‘Foi imoral’

Pouco depois de ser contemplado com uma indenização de R$ 1 milhão por perder o atacante Mosquito, hoje com 17 anos, o Vasco já se vê envolvido em outro imbróglio no que diz respeito aos jogadores que deixaram suas categorias de base recentemente. O diretor executivo René Simões mostrou-se insatisfeito ao tomar conhecimento da contratação de Foguete pelo São Paulo. O lateral, que é da mesma geração de Mosquito, também deixou São Januário acionando o Vasco na Justiça e mesmo antes de asssinar um contrato profissional.

Inicialmente, René disse que não poderia falar muito sobre o assunto, pois 30 minutos antes havia tomado conhecimento da apresentação do jogador no Tricolor. No entanto depois decidiu externar seu descontentamento com o clube do qual foi coordenador das divisões de base em 2012. Na ocasião, rechaçou a contratação de Mosquito, que foi oferecido, por ter conhecimento do fato de a promessa ter deixado São Januário à revelia.

– Há poucos dias o Vasco contratou o garoto Eron, que não renovou com o Ceará. Mesmo assim, fiz questão de ligar para o clube e perguntar o que aconteceu. Só acertamos o contrato depois que os dirigentes nos disseram que ele poderia vir. O São Paulo deveria fazer o mesmo em relação ao Foguete. Isso se chama ética e correção. O São Paulo não fez nada de ilegal, porque o jogador conseguiu a liberação na Justiça. Mas acho que foi imoral. Afinal, por que você acha que ele entrou com essa ação? Com certeza havia alguém por trás falando no ouvido do garoto. Isso é aliciamento – disse.

René Simões lembrou que Mosquito ficou sem atuar por conta de seu litígio com o Vasco e destacou o fato de o Atlético-PR, clube que contratou o atacante,¨também ter sido boicotado de competições de base por esse caso. Em agosto do ano passado, em reunião na Toca da Raposa, em Belo Horizonte, 35 dirigentes de base de clubes do Brasil e da CBF firmaram um acordo que buscava dar fim à transferência de garotos sem que houvesse uma negociação.

Dessa forma, a indenização dos empresários de Mosquito ao Vasco foi comemorada como um marco da discussão. O Furacão poderá retornar à ativa na Copa Rio, em março, quando Mosquito finalmente disputará uma partida oficial novamente. O pagamento acordado será depositado nos próximos dias pelo Macaé, que o registrou em uma manobra estratégica que não deu certo. O time alvianil o repassou por empréstimo aos paranaenses.

– Essa foi uma conquista não apenas do Vasco, mas de todos os coordenadores de base do futebol brasileiro. Do jeito que está, vai ficar igual a Real Madrid e Barcelona. Só dois clubes vão dominar o Brasil. Quem tem dinheiro pode agir da maneira que quer e tirar jogadores dos outros? Não pode ser assim. O atleta tem o direito de sair, mas tudo precisa ser negociado – destacou René Simões.

O diretor executivo do Vasco ainda cobrou da CBF, e mais especificamente do novo coordenador das categorias de base, medidas para coibir o aliciamento a atletas sem vínculo profissional com os clubes.

– Espero que o Bebeto se posicione e faça algo para impedir que jogadores que saiam de clubes por meio de ação na Justiça após aliciamento não possam ser convocados – disse.

 

Fonte: Globo Esporte

2 comentários em “René Simões detona São Paulo pela contratação de Foguete: ‘Foi imoral’

  1. Imoral?
    Se achar dono de um menino é moral? Sr. Rene Simões, o fato de o garoto ter treinado no Vasco não o torna senhor da razão, não existe mais escravidão.
    O menino estava DESVINCULADO. Se o Paulo Pontes sair da JP amanhã e for para a radio Globo, a Globo vai ser imoral em não entrar em contato antes com a JP? A Jovem Pan achar que neste caso hipotético mereceria ser indenizada só porque Paulo Pontes trabalhou em sua rádio, chega a beirar o ridículo.
    Imoral é não pagar salários e se fazer de vítima depois. Se o menino tivesse contrato (como no caso Dagoberto-AtléticoPR) e o SPFC forçasse ajuizar ação para pagar a multa e sair, até entendo (e não concordo, pois houve o pagamento da multa prevista) choradeira. Mas o Vasco sequer tinha contrato. O menino estava ser receber salários e estava desempregado.

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