Prestes a igualar Pelé, Ceni gostaria de jogar para manter ritmo

Muricy Ramalho não poupou todos na quarta-feira, mas admite fazê-lo no domingo, quando o São Paulo visita o Fluminense. Todos, menos Rogério Ceni, provavelmente. Se atuar no Rio de Janeiro, o goleiro do São Paulo igualará recorde que pertence a Pelé, com 1116 partidas por um mesmo time.

Ao final da vitória por 2 a 0 sobre o Flamengo, na qual balançou a rede de pênalti, o jogador de 40 anos e 113 gols deu a entender que, por ele, não ficaria fora da rodada seguinte do Campeonato Brasileiro, ainda que a partida de quarta-feira que vem, contra a Ponte Preta (pela semifinal da Copa Sul-americana), seja mais importante.

Djalma Vassão/Gazeta Press

Goleiro chegou a 1115 jogos com a camisa tricolor

“O Muricy é que decide, ele que manda. Hoje (quarta-feira), ele mandou que eu batesse o pênalti. Eu não peço, eu obedeço a ordens. Tem dirigente, treinador, atleta. Cada um dentro de sua função. Eu gosto de jogar porque ritmo de jogo é importante, mas, o que ele decidir, estará bem decidido”, opinou, ainda no gramado.

 

Se ele não jogar, seu substituto será o reserva imediato Denis. Mas é improvável que isso ocorra. O histórico da carreira de Ceni mostra que ele dificilmente se ausente, a não ser por suspensão ou lesão. Nesta temporada, ele participou de 65 das 77 partidas, menos apenas do que o atacante Aloísio. É por isso que está tão próximo do recorde de Pelé pelo Santos.

“O Pelé é inigualável, não tem comparação. Agora, como determinação, como atleta que vestiu uma única camisa… Ele jogou nas décadas de 1960 e 70, 40 anos atrás. Nos dias atuais, em que é difícil ter uma longevidade grande, por bons negócios ou lesões, brigas… É um casamento legal (com o São Paulo), de 23 anos. Não me faço de coitado, sou remunerado, mas tenho carinho muito especial cada vez que visto essa camisa”, falou o ídolo são-paulino.

“Minha dedicação aqui foi 100% em todos os dias. Você conta nos dedos de uma mão os dias que cheguei atrasado, as partidas que fiquei fora. Nunca me acomodei, sempre quis mais. Logicamente, tenho que ver os limites. Que, com 40 anos, são diferentes de quando eu tinha 20. Mas tento fazer sempre o melhor”, concluiu Ceni, ainda indeciso se para ou estende o contrato em dezembro.

 

Fonte: Gazeta Esportiva

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