São Paulo e Penalty não comentam a situação abertamente, mas trocaram acusações nas últimas semanas por causa de uma dívida de R$ 7,5 milhões da fornecedora com o clube. Agora, o clube diz que recebeu o valor que a empresa devia. Nos últimos dias, porém, dirigentes falaram informalmente que o contrato seria rescindido, enquanto a Penalty contrariava os relatos de que não havia apresentado modelo para quitar a dívida. A empresa chegou a dizer que o clube tentou disseminar informações falsas para influenciar o mercado.

Há duas semanas, houve dirigentes do São Paulo que afirmaram que o contrato com a Penalty seria rescindido antecipadamente no fim deste ano. O vínculo, firmado no fim do ano passado, se estende até o fim de 2015, mas seria, segundo o São Paulo, rescindido antes do início de 2014 por conta da dívida. O São Paulo alegou que a empresa não apresentou qualquer garantia de que quitaria a pendência. A Penalty admitiu a dívida, mas afirmou que já havia sinalizado que pagaria.

Segundo executivos da fornecedora, o São Paulo quis fazer com que chegasse ao mercado a notícia de que poderia rescindir com a empresa para que outros interessados fizessem propostas. Ainda segundo a Penalty, o clube recebeu uma oferta de outra fornecedora superior ao atual contrato – o São Paulo declarou que a parceria rende R$ 36 milhões anuais, porém membros da diretoria admitem que apenas R$ 21 milhões entram nos cofres. Os outros R$ 15 milhões são entregues em equipamento.  Por esse motivo, segundo a empresa, o clube teria o interesse de forçar a rescisão.

Agora, o São Paulo diz que a Penalty quitou a dívida na última sexta-feira, e não faz os mesmos comentários de antes. O departamento de marketing do clube foi procurado para responder sobre a troca de farpas, mas não atendeu às ligações e não respondeu as mensagens enviadas pela reportagem durante a semana.

O contrato da Penalty com o São Paulo foi anunciado como superior, mas rende menos do que a Nike paga ao Corinthians, ou do que a Adidas paga ao Flamengo. O rival paulista recebe R$ 30 milhões anuais, enquanto os cariocas ganham R$ 35 milhões da fornecedora.

A Penalty não é o único patrocinador do São Paulo com o qual houve atrito. A diretoria do São Paulo irá conversar novamente com a Semp Toshiba no início de 2014 para discutir termos do atual contrato de patrocínio e poderá ficar com o principal espaço de publicidade da camisa livre. Existe a possibilidade de o atual contrato ser remodelado, com exposição menor e investimento igualmente inferior da empresa, ou até rompido.

A Semp Toshiba confirmou em novembro que está em processo de redução de custos, mas disse que não poderia falar especificamente sobre o acordo com o São Paulo.

O atual acordo entre São Paulo e Semp Toshiba foi assinado em setembro de 2012 e é válido até o fim de 2014. Na assinatura do acordo, dirigentes são-paulinos divulgaram que a empresa investiria R$ 23 milhões anualmente no clube. Mais tarde, o São Paulo afirmou que o contrato rende R$ 17 milhões por ano, além de equipamentos eletrônicos da marca.

Fonte: Uol

Nota do PP: Resumo da ópera: a atual diretoria e a Penalty se merecem.