O presidente Carlos Miguel Aidar pretende apresentar até o meio de junho ao Conselho Deliberativo do São Paulo o novo projeto para modernização do Morumbi. O projeto será o primeiro apresentado pela nova gestão após o fracasso do antecessor Juvenal Juvêncio em sua última tentativa, em dezembro de 2013. Nos planos que terão de ser aprovados pelos conselheiros do clube, o Morumbi ficaria fechado para jogos por oito meses.
“O estádio ficará fechado por oito meses se não houver atraso. A obra deve durar cerca de dois anos e meio”, diz Carlos Miguel Aidar.
A modernização do Morumbi seria bancada por investidores, que poderão explorar o estádio por tempo determinado em contrato. O presidente ainda não revela os detalhes do novo projeto de modernização do Morumbi, mas afirma que o plano será apresentado já com todos os parceiros definidos, diferentemente do que aconteceu no fim de 2013.
A última tentativa de Juvenal Juvêncio não passou pelo conselho do São Paulo. Às vésperas da eleição presidencial, o grupo de oposição então liderado por Kalil Rocha Abdalla e Marco Aurélio Cunha alegou que não teve acesso aos contratos e que não poderia votar pela aprovação sem conhecer os detalhes. Assim, boicotaram a reunião e não deixaram que o conselho atingisse o quórum mínimo de 75%m, equivalente a 177 conselheiros, na época, para que a votação fosse aberta.
Neste último projeto apresentado, o São Paulo só foi firmar contrato com a Andrade Gutierrez, construtora, pouco antes de levar o contrato à votação no conselho. O projeto orçado em R$ 408 milhões tinha como principal parceiro a XYZ Live, que iria operar uma arena de shows anexa ao Morumbi. Lacan Investimentos, como fundo, e Multipark, responsável pelos estacionamentos, também já tinham firmado parceria. A captação seria financiada pelo BTG Pactual.
Novamente, o temor de Carlos Miguel Aidar também é em relação ao quórum para que a votação seja aberta. Há cerca de um mês o presidente aprovou as contas de 2014 no Conselho Deliberativo em reunião que contou com apenas 126 votos – 90 a favor, 36 contra. Para que consiga levar o projeto do estádio a votação, Aidar precisará levar 180 dos 240 conselheiros ao salão nobre do Morumbi. Agora, o presidente estuda qual a melhor data para conseguir atingir o número de 75% dos conselheiros presentes.
Fonte: Uol