Nobre se recusa a cumprimentar Aidar e ganha beijo de “parabéns” de Gobbi

O presidente Carlos Miguel Aidar, do São Paulo, terá de aprender a conviver com a forte rejeição de Paulo Nobre, mandatário do Palmeiras. O Verdão cortou relações com o Tricolor desde a polêmica transferência de Alan Kardec, que deixou o clube para defender a equipe do Morumbi. Em um jantar que reuniu dirigentes de clubes na última quarta-feira, véspera da estreia da Seleção na Copa do Mundo, Nobre mostrou que não vai recuar na sua postura. O palmeirense se recusou a cumprimentar o são-paulino, deu uma bronca no rival e disse que não cumprimentaria “gente da laia” de Aidar, reiterando o clima péssimo entre as diretorias.

A recusa em cumprimentar o rival foi mais uma reação de Nobre ao discurso de Aidar, que chamou o palmeirense de “juvenil” à época da transferência de Kardec.

montagem presidentes Nobre (Palmeiras), Aidar (São Paulo) e Gobbi (Corinthians) (Foto: Editoria de Arte)Aidar (São Paulo), Nobre (Palmeiras) e Gobbi (Corinthians: trio esteve junto em jantar (Foto: Editoria de Arte)

Pela atitude, Nobre recebeu um beijo na testa do presidente do Corinthians, Mario Gobbi, que o parabenizou – Aidar também provocou polêmica com o Timão ao criticar a arena alvinegra. A rejeição ao são-paulino, aliás, se espalha entre outros clubes. Toda a cena foi presenciada por Marco Polo Del Nero, escolhido como substituto de José Maria Marin para comandar a CBF, a partir de abril de 2015 até 2019.

Em contato com a reportagem, Aidar confirmou sua presença no jantar com Nobre e também que a relação com o dirigente rival não é boa, mas negou ter discutido com o palmeirense.

– Encontrei o Paulo Nobre no jantar na noite de quarta-feira e no jogo (da Seleção) na quinta-feira. Não conversamos, não temos nada que conversar – disse Aidar

O episódio recente envolvendo os rivais trouxe à tona as brigas entre Palmeiras e São Paulo desde os anos 40. Os palmeirenses acusam os são-paulinos de tentarem tomar posse do estádio Palestra Itália, algo negado veementemente por historiadores e dirigentes são-paulinos.

A atitude de Nobre nos bastidores confirma a postura prometida pelo presidente publicamente, de que o relacionamento entre as diretorias rivais será péssimo enquanto Aidar administrar o São Paulo. O dirigente tem mandato até abril de 2017 no Tricolor, e Nobre está garantido no Verdão até o fim do ano, quando haverá eleição no clube.

Fonte: Globo Esporte

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