No marketing, São Paulo dá a Aloísio status igual a Rogério e Luis Fabiano

Hoje preferido entre os torcedores do São Paulo, o atacante Aloísio viveu durante os últimos dois meses a transformação de jogador contestado pela maioria a potencial ídolo. Menos pelos gols, que demoraram a sair, e mais pelo empenho em campo e pela irreverência. Agora, a junção das comemorações incomuns e do perfil empenhado com a boa fase técnica lhe renderam status semelhante ao de Rogério Ceni e Luis Fabiano No marketing, São Paulo dá a Aloísio status igual a Rogério e Luis Fabiano.

Imediatamente após a vitória por 3 a 2 sobre o Internacional, no último domingo, na qual ele marcou os três gols, os departamentos de marketing e comunicação do clube lançaram campanha promocional com o jogador. O clube criou ilustração na qual exalta o apelido Boi Bandido – que o atacante ganhou anos atrás – e mostra o jogador aplicando uma de suas voadoras nas comemorações. A iniciativa foi lançada nas redes sociais do clube depois da partida em Caxias do Sul e contará também com camisetas, que serão vendidas a R$ 54,90, na cor vermelha, com a frase “Segura o Boi”.

“Não houve uma pesquisa com a torcida. Mas tem a ver com essa garra que ele demonstra. Sempre foi muito pedido e querido pelos torcedores”, afirma o vice-presidente de comunicações e marketing, Julio Casares. O dirigente fala da iniciativa como premiação ao atleta pela boa fase e explica que, na avaliação do clube, Aloísio representa o empenho do clube na briga contra o rebaixamento no Brasileirão: “É como se fosse um prêmio para o desempenho dele, um reconhecimento”, completa.

Personagem da ação de marketing, Aloísio entra para o pequeno grupo de são-paulinos que foram utilizados pelo clube nos últimos tempos para iniciativas semelhantes. Só Rogério Ceni, Luis Fabiano e o técnico Muricy Ramalho ganharam camisas comemorativas recentemente. O goleiro tem 40 anos e é o maior ídolo da história do clube, o atacante foi repatriado por R$ 20 milhões há pouco mais de dois anos e é o quinto maior artilheiro da história da instituição. O treinador, por sua vez, é o grande personagem de sua função no clube após o próprio mentor, Telê Santana.

Aloísio nunca chegará perto ao número de jogos de Ceni pelo São Paulo, e dificilmente alcançará algo similar à marca de gols de Luis Fabiano. Igualmente, precisará colher títulos importantíssimos para ser respeitado pelas conquistas como Muricy Ramalho. No entanto, conquistou pela personalidade e agora aparece como mais novo garoto-propaganda.

Nem o meia-atacante Lucas, que deixou o clube por pais de R$ 100 milhões no fim do ano passado, ganhou ação similar da diretoria. O jovem já colecionava fãs, era protagonista do time e ganhava as primeiras chances na seleção brasileira quando ganhou a Copa Sul-Americana. Mesmo assim, o máximo que teve de participação no marketing foi um vídeo da conquista do torneio continental no qual atuou como personagem principal. Além disso, nada como Aloísio, que nem titular absoluto é do time atual.

Com Aloísio, a diretoria são-paulina ainda contraria atitude por qual se marcou nos últimos anos: assumiu o apelido Boi Bandido e não quis suprimir o nome popular. Nos últimos anos, o clube vetou que atletas da base chegassem apelidados ao elenco profissional.

As ações envolvendo Aloísio poderão crescer em 2014 caso a camisa e as ações façam sucesso entre os torcedores. Hoje, o São Paulo vende camisas oficiais de jogo com os nomes de Luis Fabiano, Paulo Henrique Ganso e sem número. O marketing cogita, no entanto, levar ao mercado camisas com nome e número do Boi Bandido para o ano que vem.

 

Fonte: Uol

2 comentários em “No marketing, São Paulo dá a Aloísio status igual a Rogério e Luis Fabiano

  1. Concordo…menos, menos! Muito cedo para um espalhafato desse tamanho! O Aloisio ainda tem que provar que merece uma homenagem desse quilate. Mas, como nesse ano a coisa está feia e faltam motivos para orgulhar a torcida, o Marketing achou que deveria aproveitar essa oportunidade… eu também náo me precipitaria, e focaria o marketing no treinador Muricy e futuramente no record que Rogério Ceni está prestes a quebrar (mais um…).

  2. Menos, menos . . .
    Tô com o Aloísio, inclusive para ser o titular no lugar do LF, mas daí a tanta promoção me parece perigoso. Vai que, de-repente, ele começe a “furar” e meter
    mão na bola de novo. . .
    Podiam ter esperado um pouquinho mais.
    Tomara que eu esteja enganado.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

*