Neymar acertou sua transferência para o Barcelona depois de uma exaustiva negociação que mobilizou a atenção do país. Apesar da ampla repercussão, a transferência não superou em números a de Lucas, que foi contratado pelo PSG na maior venda da história do futebol brasileiro. O UOL Esporte apurou que o Santos recebeu proposta de 28 milhões de euros (cerca de R$ 74 milhões) do Barcelona e 35 milhões de euros do Real Madrid (aproximadamente 93 milhões). No fim, o jogador optou por atuar no clube do astro Lionel Messi.

Lucas foi vendido pelo São Paulo ao Paris Saint-Germain por R$ 108,3 milhões, R$ 34 milhões a mais do que o valor negociado com o atacante revelado no Santos. O valor superou não apenas Neymar, mas o que o Chelsea pagou ao Internacional (R$ 80 milhões) para contratar Oscar, outra revelação das categorias de base do Tricolor.

O fato de o valor ser menor do que o abocanhado pelo São Paulo com a venda de Lucas incomodava a direção santista, que tentou até o último minuto arrecadar mais com o craque. Jogador mais cobiçado dos últimos anos, a projeção de Neymar em termos de marketing e também dentro do campo sempre foi muito superior a do colega.

Justamente por isso, na Vila Belmiro existe o sentimento de que o clube poderia ter recebido mais. No entanto, foi um preço pago pela cúpula santista por ter mantido o camisa 11 durante tanto tempo no Brasil.

Em 2011, o Santos recusou uma proposta do Real Madrid, da Espanha, de 58 milhões de euros por Neymar. O pai do jogador ainda ganharia uma megacomissão de 10% do valor da transação – 5,8 milhões de euros. Na ocasião, a oferta do clube merengue ultrapassava o valor da multa rescisória do craque, avaliado em 45 milhões de euros.

Além disso, o Comitê Gestor do Santos diminuiu o tempo de contrato de Neymar. O vínculo do craque com o clube vencia em fevereiro de 2015, mas foi reduzido em agosto de 2011 sob alegação do presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro de um “projeto pioneiro”.

A DIS detém 40% dos direitos econômicos de Neymar, enquanto o Santos possui 55%. Os 5% restantes pertencem a Teisa, grupo de empresários formado por alguns conselheiros influentes do clube.

Fonte: Uol