Ney Franco conversa com o grupo e diz que não admitirá novas indisciplinas

A má fase do São Paulo fez Ney Franco perder a calma de vez. Após a vitória por 3 a 2 diante do Oeste, neste domingo, o treinador revelou que teve uma conversa com o grupo, na qual teria deixado claro que não admitirá novas indisciplinas como as de Lúcio e Ganso, que recentemente reclamaram ao serem substituídos.

“A questão já está resolvida. Nós fechamos com os jogadores. Houve alguns momentos, algumas insatisfações, especialmente em termos de substituições. Isso foi conversado muito frequentemente. Não aceito mais reação de jogador ao sair”, disse Ney Franco.

O treinador não citou nominalmente os jogadores que quis atingir com o tom duro, mas é difícil negar que os alvos sejam Lúcio e Ganso. O zagueiro saiu irritado na última quinta, na derrota diante do Arsenal de Sarandí, e sequer passou pelo vestiário da equipe, dirigindo-se direto para o ônibus.

Já o meio-campista ficou incomodado no fim de semana passado, quando foi sacado do clássico contra o Palmeiras. Apesar de ter feito seu protesto de maneira discreta, ele foi flagrado pelas câmeras de TV e também foi criticado pela atitude.

“Se isso acontecer de novo vai ser um jogador rebelado dentro do grupo, e eu como técnico tenho de definir. Não gosto de usar força, trabalho na conversa, é o meu estilo, mas não vou aceitar esse tipo de reclamação que aconteceu duas vezes. Se acontecer outra vez, esse jogador não joga comigo enquanto eu estiver no São Paulo”, disse Ney Franco.

Oficialmente, a direção apoia a postura do treinador, embora releve com facilidade as atitudes tomadas por Lúcio e Ganso. “O São Paulo quando contrata um treinador dá todo o comando do processo. No São Paulo, o rabo não balança o cachorro. É absolutamente normal a conversa dos dirigentes de qualquer empresa. É normal a preservação da hierarquia e o alerta do comportamento, na medida que o clube é voltado para uma grande coletividade”, disse João Paulo de Jesus Lopes, vice-presidente de futebol, para em seguida defender a dupla.

“O Ganso não fez nada. Ele fez um resmungo pessoal na hora que foi captado pelas câmeras de TV. O caso do Ganso eu desconsidero totalmente. O caso do Lúcio eu acho normal que, com a experiência que ele tem, com o comando de seleção brasileira que ele já teve, não se conforme com a circunstância de sair do time, de não poder oferecer sua contribuição para a vitória. Entendo como algo até elogiável”, disse Jesus Lopes.

 

Fonte: Uol

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