Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco, presidente do Conselho Deliberativo do São Paulo, foi apontado como pivô da demissão de Alexandre Bourgeois, ex-CEO do São Paulo. Segundo entendimento da diretoria, Leco hoje é oposição a Carlos Miguel Aidar e o CEO nunca deveria ter se encontrado com ele. Em entrevista ao blog, ele desmente esta versão e mostra sua preocupação com o futuro do clube. “Os interesses estão acima da confiança”, diz.
O senhor foi a causa da demissão do CEO Alexandre Bourgeois? Por causa de um encontro?
Alegar isso como causa da demissão é uma estupidez monumental. A demissão já estava definida há muito tempo, o Carlos Miguel já havia me comunicado. O motivo é muito simples. Ao aceitar o conselho de Abílio Diniz e contratado o CEO, Carlos Miguel esperava por um grande aporte financeiro do Abílio Diniz, que não veio. Esse é o motivo.
O senhor não é oposição ao Carlos Miguel?
Minha postura, como presidente do Conselho Deliberativo, é de total imparcialidade. Eu tenho uma posição política clara no clube, mas não faço política como presidente do Conselho. Estou acima de tudo isso.
E o que foi tratado no encontro?
Quanto ao encontro, ele foi feito no meu escritório. Meu escritório tem endereço e tem agenda. Ele faltou sobre o receio que estava sentindo de que suas ações fossem creditadas ao Instituto Áquila, por exemplo.
E o que o senhor achou da demissão?
Parece que ele foi vítima de uma avalanche. É muito triste ver um funcionário do clube ser demitido por um assessor de imprensa e não por um diretor ou pelo presidente. E, pior ainda, o assessor de imprensa trabalha para o São Paulo e para o Andrés Sanches.
Por que o Abílio Diniz não deu o dinheiro com que o Carlos Miguel sonhava?
Não deu porque não tem confiança. Ele escreve isso de forma amiúde. Hoje, no São Paulo não existe confiança. Existe interesses.
Essa impressão não é resultado ainda do fato de Cinira Maturana, namorada do presidente ter direito a 20% de comissão. Agora que ela saiu…
Ela não saiu. Continua lá todo dia. O que mudou é que não está mais escrito. Mas continua. Eu me orgulho de haver derrubado esse caso dos 20% e o outro, de 15% da Far East, relativo ao contrato da Under Armour. Comissão em caso especial de um grande negócio eu posso aceitar, desde que não passe de 6%.
O Abílio Diniz queria mandar no São Paulo?
Não. Ele queria participar. E como é um empresário de carreira exitosa deveria ter o direito, se tivesse dado o dinheiro esperado. Iria acompanhar o dinheiro, ver como estava sendo utilizado. Mas agora ele resolveu pagar uma consultoria independente.
Carlos Miguel deve aceitar?.
Deve. Ou então, explicar porque não aceitou.
Como é a situação do clube hoje?
Muito preocupante. Segundo o Bourgeois, o clube não tem como honrar a folha de outubro. A dívida real é de R$ 270 milhões, não adianta o Aidar dizer que é menos. Eles não estão conseguindo administrar. Quando você deve a alguém e não tem dinheiro, precisa negociar. Oferece pagar 50%, 60%…Nem isso estão fazendo.
E o time?
Bem, não dá para ser campeão brasileiro. E em 2016, não tem Ceni, Luís Fabiano e Pato. Precisa construir novamente.
Fonte: Blog do Menon
Leco deveria explicar também porque não permite que sejam investigados os contratos da era Jumencio, o que o SPFC tem a esconder?
Se for feita uma consultoria no clube, sem intervenção de ninguém, Pode ter certeza que vão ficar poucos pra contar histórias no spfc.
Sem entrar no mérito da discussão. Uma coisa eh clara, como presidente do conselho deliberativo, o leco jamais poderia ter essa mentalidade passiva e acomodada com a situação do sp.
Pelo teor da entrevista o leco parece q sabe onde estão os erros e ta torcendo pra tudo dar errado..
Filho, se n ta afim de trabalhar, vestir a camisa e dar o sangue pelo SP melhor pedir o chapéu