Corinthians e SP recusam ofertas e veem astros virarem fiascos em 2013

Um foi o improvável autor do gol contra o Boca Juniors (ARG) e herói do título da Copa Libertadores em 2012. O outro balançou as redes na conquista da Copa Sul-Americana pelo São Paulo, também no ano passado, e chegou à seleção brasileira no primeiro semestre de 2013. Romarinho e Osvaldo, respectivamente, iniciaram este ano como titulares em seus times, receberam propostas milionárias da Europa e tiveram a permanência bancada por suas diretorias. Agora, fecham 2013 como fiascos.

Osvaldo foi quem chegou mais longe, e quem também mais decaiu em curto espaço de tempo. O atacante começou o ano de 2013 como principal jogador do São Paulo. Foi defendido publicamente pelo goleiro e capitão Rogério Ceni no início da temporada e parecia ser o único capaz de fazer o time de Ney Franco funcionar. Em março, foi convocado pela primeira vez para defender a seleção brasileira de Luiz Felipe Scolari, às vésperas da escolha da lista para a Copa das Confederações e logo após a contusão do ex-companheiro Lucas, agora no Paris Saint-Germain (FRA).

Desde então, começou a decadência. Osvaldo voltou da seleção brasileira e sofreu uma lesão no quadril. Ainda conseguiu mostrar o nível dos primeiros meses, mas de forma irregular, oscilando entre boas e más partidas. Em junho, o São Paulo recebeu proposta do Metalist (UCR) de 6 milhões de euros (R$ 18 milhões, na ocasião), e recusou. O atacante estava jogando mal, mas ainda era titular e acabara de ser convocado para a seleção – a diretoria acreditava que a má fase era passageira.

Depois, Osvaldo afundou junto à crise do São Paulo, que passou a lutar contra o rebaixamento e demitiu dois técnicos – Ney Franco e Paulo Autuori – até se recuperar e se livrar do risco.  Na avaliação relativa, Osvaldo foi de melhor jogador da equipe a uma das últimas alternativas para o time titular entre o chamado à seleção e o fim do último Brasileirão.

Romarinho trilhou caminho semelhante. Como foi reserva na conquista do Mundial sobre o Chelsea (ING), voltou antes para a pré-temporada de 2013 e começou o Paulistão como titular. Durante o ano, no entanto, não conseguiu manter o rendimento que se esperava daquele que surgiu como herói da Libertadores, com o gol da Bombonera, na Argentina.

Mesmo em má fase, Romarinho teve, assim como Osvaldo, o interesse europeu. O Corinthians recebeu em maio uma proposta de 12 milhões de euros (R$ 31 milhões, na época) pelo meia-atacante. A diretoria do clube recusou vende-lo, e ainda renovou seu contrato com um aumento salarial.

Depois, Romarinho decaiu ainda mais. De herói, virou alvo das críticas da torcida corintiana em meio à crise no Brasileirão que causou até instabilidade no cargo do técnico Tite, que mais tarde teria a saída definida. Em protesto no CT Joaquim Grava, em outubro, torcedores o chamaram de cachaceiro e fizeram até uma encenação, com um deles vestido com uma peruca em alusão ao corte de cabelo do jogador, sentado em uma mesa ao redor de mulheres e bebidas alcóolicas.

Romarinho admitiu, então, ter frequentado baladas e exagerado na vida noturna. Em entrevista ao jornal Lance ainda disse que ele não era o único, mas sim todo o elenco.  Ao UOL Esporte, o irmão do jogador, Bruno Ricardo, também admitiu o problema, mas falou que Romarinho reconheceu e havia mudado de comportamento. O meia-atacante fecha 2013 na reserva do Corinthians e, assim como Osvaldo, avaliado em preço menor do que o valor recusado pelo clube em uma proposta no meio do ano.

Osvaldo e Romarinho não sabem se permanecerão em seus clubes em 2014. A situação do são-paulino é mais complicada. Ele não foi usado por Muricy Ramalho nos testes de fim de temporada e é uma das últimas opções para o setor ofensivo. Não há, neste momento, proposta de outros clubes pelo atacante. Se houver, o São Paulo não colocará obstáculos para concretizar o negócio. Romarinho será recepcionado por Mano Menezes após a troca de treinador, e deve ganhar novas chances apesar do declínio.

Fonte: Uol

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