Com direito a fim de tabu, 100º gol de Rogério Ceni completa 8 anos

Nesta quarta-feira, dia 27 de março de 2019, comemora-se uma data especial não apenas para a instituição São Paulo Futebol Clube, mas principalmente para seus torcedores e para um dos maiores ídolos da história do clube. Isso porque, há exatos 8 anos Rogério Ceni escrevia mais um capítulo em sua história vitoriosa no futebol ao marcar seu 100º gol da carreira, na Arena Barueri, contra o Corinthians, pela 16ª rodada do Campeonato Paulista.

Além de uma marca histórica para o maior goleiro artilheiro da história, a partida do centésimo gol teve um gosto especial para o Tricolor que vai muito além dos três pontos conquistados contra o rival Alvinegro. Com o triunfo por 2 a 1, o São Paulo findou um jejum de quatro anos sem vencer o Majestoso e, na época, assumiu a vice-liderança do Paulistão ultrapassando justamente o Corinthians.

Rogério Ceni marca o 100º gol da carreira contra o Corinthians

A partida realizada na Arena Barueri começou da mesma forma tradicional que costuma marcar os primeiros minutos da grande maioria dos Majestosos: com muito ímpeto e pouca efetividade. Apesar do leve domínio do Corinthians, foi o São Paulo quem saiu na frente do placar aos 39 minutos da etapa inicial, com Dagoberto, que acertou um chute preciso dentro da meta defendida por Júlio César.

O momento histórico e especial do clássico, no entanto, ficou reservado para os oito minutos do segundo tempo. Assim que Fernandinho foi derrubado por Ralf na entrada da área, a torcida são-paulina presente na Arena Barueri se levantou e comemorou como se fosse um gol. Rogério Ceni saiu de sua área, caminhou até a bola, fez seu tradicional ritual de cobrança e colocou a bola no ângulo do arqueiro corintiano, anotando seu 100º gol na carreira.

A comemoração do goleiro artilheiro, aliás, foi diferente do que era sua rotina. Conhecido por celebrar seus tentos retornando à sua meta, o camisa 01 tirou a camisa, correu até a linha de fundo e foi abraçado por todos os companheiros de equipe. Enquanto isso, uma bateria de fogos foi disparada por quase dez minutos. No placar eletrônico, mais homenagens ao goleiro do Tricolor.

O gol histórico de Ceni ainda ganhou mais uma especifidade: o da vitória. Isso porque, aos 22 minutos, Dentinho diminuiu para o Corinthians em chute no canto, que o goleiro são-paulino não conseguiu defender. Mesmo assim, o tento sofrido ficou em segundo plano diante do triunfo por 2 a 1, do fim do tabu e da história sendo escrita.

Carreira de recordes
A trajetória de Rogério Ceni longe de suas traves naturais e próximo ao gol do adversário começou em 1997. Em Araras, no interior de São Paulo, dia 15 de fevereiro, o Tricolor venceu o União São João por 2 a 0. E um dos gols foi marcado pelo goleiro-artilheiro. Nove anos depois, no dia 20 de agosto de 2006, em pleno Mineirão, contra uma de suas maiores vítimas, o Cruzeiro, o camisa 01 superou o paraguaio José Luiz Chilavert e se tornou o goleiro com mais gols de todos os tempos.

Quando decidiu pendurar as luvas, e também as chuteiras, ao fim de 2015, Rogério Ceni eternizou seu nome na história de ídolos do São Paulo Futebol Clube e dos maiores de todos os tempos. Em 25 anos de serviços prestados no Morumbi, foram 18 títulos oficiais (maior vencedor da história do clube), 1237 partidas, que o torna o goleiro com mais jogos por um mesmo clube na história do futebol, e 131 gols marcados, sendo 61 de falta, 69 de pênalti e um considerado de bola rolando.

Por fim, foram dezenas de recordes em nível mundial e local. Pelo São Paulo, o ex-goleiro e atual treinador é o recordista de jogos (575) e de vitórias (279) no Campeonato Brasileiro, jogador brasileiro com mais jogos (90), vitórias (51) e participações (9) na Libertadores, maior número de triunfos no Morumbi (375) e goleiro com maior número de assistências (7).

Além disso, o eterno camisa 01 do Tricolor é o atleta que mais vezes vestiu a braçadeira de capitão de um mesmo time (978 vezes). Dono da faixa pela primeira vez em 2002, o goleiro entrou para o Guinness Book, Livro dos Recordes.

 

Fonte: Gazeta Esportiva

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