O elenco sub-20 do São Paulo conquistou há nove dias o título da Copa Ipiranga da categoria e já tinha no seu repertório a Copa do Brasil da categoria deste ano. Nada disso, porém, serviu para amenizar a bronca do técnico André Jardine pelo que considerou uma “atitude diferente” dos seus comandados no treino realizado na manhã desta terça-feira, no CFA de Cotia.

No único trabalho aberto para a imprensa realizado antes da estreia na Copa São Paulo, no dia 3, contra o Paulista de Jundiaí, às 14h, na Arena Barueri, ele fez questão de reunir os atletas e, em alto e bom som, reclamou de alguns nomes. O mais citado foi o atacante Éverton, que chegou atrasado à atividade. “Ele está estragando a carreira dele”, falou Jardine à roda de jovens, atentos às suas palavras.

Ainda no meio do sermão ao elenco, ele aproveitou para fazer uma avaliação das chances do Tricolor de conquistar a Copinha. “Eu tenho visto muita gente aí reclamando, xingando o companheiro e, na hora de ajudar, não corre. Quer reclamar, tem que correr o dobro. Nosso time, tecnicamente, não está à frente dos outros. Penso até que nem somos o melhor do país. Nosso diferencial tem sido a entrega e, nos últimos dias, tenho visto vocês com algumas atitudes que me incomodam”, bradou o treinador.

O papo aconteceu durante o intervalo do treinamento, que durou cerca de duas horas debaixo de chuva em um campo pesado. Já com a bola rolando, Jardine manteve as palavras e pediu a todo momento que os jogadores não parassem de correr, principalmente na hora de apertar a marcação. Quem errava passes, por sua vez, era alvo de alguns palavrões.

O trabalho separou três equipes, com a provável formação da estreia mostrando Lucas Perri; Foguete, Roni, Kal e Gabriel; Jeferson, Artur e Lucas Fernandes; David Neres e Joanderson. Como o time tem apenas dez atletas e Jardine costuma escalar três volantes, o mais provável é que Banguelê entre nesse meio-campo contra os jundiaienses.

Já bem-humorado ao final do trabalho, Jardine procurou explicar o jeito enérgico de conversar com seus atletas. “Às vezes eles relaxam, se largam um pouquinho no trabalho e nosso dever aqui é estar sempre puxando a corda”, analisou o técnico. “A cobrança tem que ser diária para que eles possam encarar a dificuldade que será apresentada durante o jogo”, encerrou.

Fonte: Gazeta Esportiva