O São Paulo liberou Boschilia para viajar à França, provavelmente neste sábado, fazer exames no Monaco e assinar contrato com o novo clube. O Tricolor acertou a venda por € 9 milhões (R$ 34,7 milhões) na noite da última quinta-feira e ficará com aproximadamente R$ 25 milhões, valor estipulado pelos seus 50%. A metade restante, avaliada em R$ 9 milhões, será dividida da seguinte maneira: R$ 4,5 milhões para a Hard Zone (da qual é sócio o ex-presidente do Guarani Marcelo Mingone, que tem direito a 30% da negociação), R$ 3 milhões ao jogador (cuja parte era de 20%) e R$ 1,5 milhão de comissão aos intermediários.

A venda vem em ótimo momento para o São Paulo, que contava com o dinheiro da negociação para amenizar sua delicada situação financeira. O clube tem uma dívida estimada em R$ 273 milhões e encontra dificuldades até parar pagar os salários – os atrasos foram quitados recentemente.

O meia de 19 anos é o sétimo atleta a deixar o clube desde o começo da janela de transferências. Antes dele, saíram: Souza (Fenerbahçe), Denilson (Al Wahda), Paulo Miranda (RB Salzburg), Jonathan Cafu (Ludogorets), Ewandro (empréstimo ao Atlético-PR) e Dória (não teve empréstimo renovado). O Tricolor contratou Luiz Eduardo (zagueiro ex-São Caetano) e Wilder Guisao (Toluca, do México) sem custos. Como o time vive dificuldades financeiras, nenhum substituto deverá ser contratado para o lugar de Boschilia.

A saída do atleta deve provocar uma briga judicial dentro do Guarani. Isso porque a atual diretoria, presidida por Horley Senna, promete entrar na Justiça para recuperar os 30% da venda do jogador que foram repassados à empresa ligada a Mingone.

O Bugre teve o meia de 2009 a 2012, quando ele foi vendido ao São Paulo por R$ 600 mil, dias antes da renúncia de Mingone. A equipe de Campinas vê irregularidades na venda do meio-campista, que sequer estreou pelo elenco profissional. De qualquer maneira, o clube de Campinas espera lucrar pelo menos R$ 1 milhão com o jogador por ser o clube formador.

Fonte: Globo Esporte