‘Banda’ do Criciúma promete clima de Libertadores contra o São Paulo

De acordo com o regulamento da Conmebol, as equipes brasileiras classificadas para a Copa Sul-Americana estreiam em confrontos nacionais. Isso não signifca, porém, que o jogo entre Criciúma e São Paulo não terá ingredientes de um duelo com cara de Copa Libertadores da América.

– Aqui nós tiramos inspiração em toda a América Latina, principalmente de Uruguai e Argentina. Percebemos que a arquibancada atrás de um dos gols do Heriberto Hülse estava vazia e escolhemos lá para nos juntarmos para empurrar o Criciúma – conta Marcelo Llanos à reportagem do LANCE!Net.

Llanos é fisioterapeuta, mas dedica boa parte de sua vida à torcida Os Tigres como diretor de marketing. Fundado em 2006, o grupo ganhou notoriedade ao longo dos anos, é visto como um dos mais organizados e apaixonados do futebol brasileiro e mantém sede dentro do próprio Heriberto Hülse. Pelo menos é o que assegura Marcelo.

– Cantamos o tempo todo. Deixamos um espaço reservado para quem toca os instrumentos, sempre com respeito. Usávamos uma fumaça amarela, era lindo, mas proibiram. Aqui ninguém ganha ingresso de diretoria. Pagamos mensalidade de sócio-torcedor, queremos ajudar o clube. Até cambista já ajudamos a prender. O Criciúma tem que estar acima de tudo – ressaltou.

Instrumentos ficam estocados na sede da torcida, dentro do Heriberto Hülse

O amor pelo Criciúma, às vezes, se transforma indignação. Além da bronca pela proibição da fumaça amarela, devido à morte de um jovem boliviano em 2013 após ser atingido por sinalizador disparado por corintianos na Libertadores, Llanos reclama de ‘frescuras’ que o futebol tem adotado nos últimos anos.

– Fizeram camarotes em volta do estádio todo. Fico p… Eles ficam reclamando que a gente fica de pé, que a gente levanta faixa e bandeira. É um absurdo. Também fizeram uma nova saída para ambulância. Já tinha do outro lado, poderia ser em outro setor ou de outra forma, mas colocaram um vidro na nossa frente que atrapalha nossa bagunça – disparou Marcelo, antes de falar com nostalgia do fosso do estádio – isso lembra os velhos tempos, a Libertadores de 91.

Os bumbos gigantes e faixas levadas pelos Tigres aos jogos

OS TIGRES

Origem
Em 2006, no octogonal da Série C do Brasileirão, alguns amigos se juntaram para ocupar a arquibancada atrás de um dos gols do Heriberto Hülse. O outro lado era utilizado pela torcida organizada Guerrilha Jovem.

Métodos
No início, os Tigres usaram dinheiro e mão de obra próprios para confecção de bandeiras e montagem de instrumentos musicais. Hoje, o grupo se mantém com apoio de empresários da cidade e venda de artigos da torcida.


Fonte: Lance

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