Autuori considera reconhecimento de atletas “maior do que qualquer título”

O São Paulo está longe de oficializar o técnico que iniciará 2016 à frente da equipe. Entre os nomes que já foram cotados para assumir o time esteve o de Paulo Autuori, responsável por comandar o Tricolor na conquista do título mundial de 2005. O treinador, convidado para participar da despedida de Rogério Ceni nesta sexta-feira, tomou conhecimento da campanha que os atletas fizeram pela sua volta e mostrou gratidão ao grupo de jogadores.

Autuori conheceu parte do plantel são-paulino em sua segunda passagem pelo clube, encerrada após o time ficar 11 rodadas do Brasileirão de 2013 na zona do rebaixamento. Rodrigo Caio, Ganso, Luis Fabiano e o próprio Rogério Ceni foram alguns dos jogadores que defenderam publicamente a contratação do treinador. “Para mim isso vale mais do que qualquer título. O mais importante para mim são aqueles que convivem no dia a dia. Eu desejo o melhor a esse clube, que está no meu coração”, disse.

As especulações envolvendo o nome de Autuori ficaram mais fortes após ele pedir demissão do Cerezo Osaka, do Japão, em 17 de novembro. O treinador assegura que não recebeu nenhuma sondagem da diretoria do São Paulo, mas seu currículo esteve entre os analisados pelo presidente Carlos Augusto de Barros e Silva após a saída de Doriva. As tratativas só não foram iniciadas porque a segunda passagem de Autuori pelo clube o marcou negativamente nos bastidores. Uma ala de dirigentes contrários à sua vinda convenceu a cúpula tricolor a pensar em outros nomes.

Para o técnico, o Tricolor tem plenas condições de superar a atual crise, independentemente de quem for o escolhido para dirigir a equipe em 2016. “O clube vai ultrapassar essa fase difícil. Infelizmente perdemos o doutor Juvenal [Juvêncio, ex-presidente morto na quarta-feira]. Ele era uma pessoas extraordinária, mas o São Paulo é forte demais. O time tem uma torcida fantástica e superará essa fase. Ele voltará a ser o ganhador que sempre foi”, afirmou.

Autuori será um dos quatro treinadores que passarão pelo banco de reservas do Morumbi na despedida de Ceni. Também estarão presentes no evento Muricy Ramalho, contratado pelo Flamengo, o auxiliar Milton Cruz e Renê Santana, filho do falecido Telê Santana. O jogo festivo contará com aproximadamente 60.000 pessoas no estádio.

 

Fonte: Gazeta Esportiva

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