Ambiente saudável e apoio: São Paulo tenta fazer da base uma solução

Não é à toa que Dorival Júnior já disse que as categorias de base podem fazê-lo desistir de reforços no São Paulo. O clube encontra dificuldades para fazer contratações de peso que a torcida já está cobrando. Raí entendeu a situação completamente assim que aceitou ser diretor executivo de futebol, em dezembro, e, por isso, há um plano para que os jogadores recém-promovidos das categorias de base ganhem confiança e, rapidamente, se tornem solução.

– Teremos opções com muita qualidade, mas precisam chegar em um ambiente propício, saudável, leve, para ter confiança, como todo jogador precisa. Vamos construir um ambiente para que o jovem adquira essa confiança o mais rápido possível – explicou Raí.

O plano é evitar queimar jogadores ou assustá-los, já que o desempenho nos treinos tem sido elogiado, semelhante ao que tinham recentemente, ganhando títulos na base. Uma maneira prática e imediata para acalmar o ambiente é, logicamente, acumular vitórias. Mas existe um trabalho de aproximação com os profissionais que ocorre até naturalmente, como no episódio em que Petros, um dos líderes do elenco, decidiu “batizar” os jovens, deixando-os carecas.

– Acho sensacional (apostar na base). No Brasil, há uma cobrança muito alta para utilização da base, e Cotia é, sem dúvida, uma das melhores bases do país. Se a molecada colocar em prática tudo que estão fazendo nos treinos, teremos ainda mais confiança em um grande ano – elogiou Petros.

– É muito diferente jogar na base e estar no profissional com 60 mil torcedores, o peso da camisa é diferente. Mas eles estão em casa, adaptados. Requer um tempo para adaptação melhor, mas eles têm a nossa total confiança e estou muito feliz por ter jogadores como esses no nosso grupo – confiou o volante.

Alguns nomes da base já são mais utilizados e vêm ganhando espaço, mas em estágios diferentes. Se Militão já é dono da lateral direita, os meias Shaylon e Lucas Fernandes, principalmente, ainda não convencem completamente. Mas a expectativa é de que eles rendam e se sintam mais vontade com cada vez mais garotos no CT da Barra Funda.

– Nosso pensamento é trazê-los mais de Cotia para cá. Às vezes, com o jogador muito longe, não temos como observar, mais em jogos, e isso é muito pouco. Eles precisam sentir o que é o São Paulo, e vão sentir aqui, nesse trabalho com os profissionais. Essa é a nossa meta: trazê-lo para que eles acreditem em si mesmos também, para que não haja distância. Vemos grandes revelações, e queremos encurtar essa distância cada vez mais – disse o coordenador de futebol Ricardo Rocha.

– Acreditamos muito no potencial das categorias de base e daremos força. Queremos criar um ambiente para jovens se sentirem bem e mostrarem esse sangue tricolor que eles têm vindo da base. Aí, a identidade é rápida com o torcedor e pode vir um ou dois novos ídolos. Temos potencial e história no São Paulo para isso – concordou Raí, indicando suas altas expectativas.

 

Fonte: Lance

4 comentários em “Ambiente saudável e apoio: São Paulo tenta fazer da base uma solução

  1. Essa prática é antiga. Nada de novidades. Muricy, S. Chulapa, menudos e aí vai. Todo ano é essa ladainha. O Leco Leco vende alguns, faz dinheiro para pagar dívidas feitas na sua gestão e no ano seguinte a mesma coisa. Com ótimo time os patrocínios aumentam, os meninos sobem, com mais confiança e menor margem de erros. Simples assim.

  2. Vou discordar do companheiro que comentou abaixo.
    Se o S.Paulo gastasse 50 milhões, como ele sugeriu, para comprar mais 2 Diegos Souzas e 3 Jeans, o time continuaria na mesma toada, já que precisaríamos de um treinador mais qualificado para fazê-los jogar.
    Quanto ao garotos, concordo que Lucas Fernandes e Araruna já tiveram boas oportunidades e nunca conseguiram agradar. Eu, particularmente, emprestaria-os para esperar alguma melhora em outro clube com menor cobrança. Aliás, tirando que o Lucas Fernandes fez o gol que determinou a conquista da Copa Libertadores de Juniores, nem no sub20 ela mostrou muita coisa. É tipo Ganso: não tem intensidade e, de vez em sempre, “dorme” no meio do jogo. O Araruna, pior ainda: o Rogério o tirou da reserva do sub20 para os profissionais porque viu nele inteligencia superior (segundo o Ceni, ele entendia tudo o que pedia pra ele e estava na universidade???). Podíamos emprestá-lo para o Fortaleza para, quem sabe, o Rogério fazer esse garoto jogar o que ainda não vimos.
    Os outros não; os outros merecem ainda chances para mostrarem a que vieram, principalmente o Brenner ; ninguém que faz média de 2 gols por partida, independentemente de em que categoria, pode não ser craque. Ele ainda vai provar isto pra todos nós e não vai demorar. A menos que, como sugerem muitos torcedores, o S.Paulo saia contratando porcaria para dar satisfação a eles, e tirem a oportunidade dele continuar no time…

    • Uma vez o R. Ceni deu uma entrevista (ainda era jogador), achei perfeito, ele citava os momentos do time sem cor e o nosso momento, houve uma epoca em que eles não ganhavam da gente nem no par ou impar (2005 – 2009), depois nós que viremos fregueses e ainda somos, ele dizia que os momentos se inverteram quando o são paulo começou a focar demais na base, abandonou aquele time cascudo e começou a subir essa molecada “na marra”, o time deles fez o contrário, cresceu quando começou a trazer jogador mais cascudo e não focar demais na molecada, saíram da epoca do lulinha e aquela molecada toda que jogava nada. O tricolor fez o contrário deles, teve aquele momento que forçou a subida de um monte de moleque, veio até o treinador, o Baresi, de lá pra cá todo ano é a mesma coisa, a solução é a base, pode ser solução financeira, lucramos mesmo muito dinheiro com a base. Casemiro, Oscar, Lucas Piazon, Boschilia, Luis Araújo, David Neres, e com certeza tem mais um monte que estou esquecendo, fez dinheiro pra caramba, mas desportivamente matou o time.

      Menino não se sobe na marra, não adianta pegar esse caminhão de moleque e colocar pra jogar, o jogador pede passagem, vai colocando pra jogar no fim dos jogos, vai dando rodagem, quando vai virar alguma coisa mesmo, o jogador se destaca e pede passagem, e o principal, menino tem que entrar em time ajustado, entrosado, o moleque tem que olhar pro lado e se sentir seguro para jogador. Enquanto a política for essa, “a base é nossa solução”, esquece, é daqui pra baixo.

      Sobre o treinador, isso é relativo, treinador é super estimado, quem joga são os jogadores, ngm dá jeito em um time que tem Lucas Fernandes e Marcos Guilherme como pontas, impossível. Hoje no mercado só tem o Cuca, que me deixa com o pé atrás, por onde passa faz inimizade, não deu jeito nas peppas com uma constelação, e mesmo que ele fosse uma opção, eu duvido que toparia vir para essa barca furada, se o tricolor o convidasse sou capaz de apostar que recusaria.

  3. O dia que Lucas Fernandes, Shaylon, Brenner (cru do jeito que está), Araruna, Bissoli, Pedro não sei das quantas, forem solução para alguma coisa, eu mudo de nome. Solução para cair para a série B, se for essa intenção, aí sim, são a solução.

    Ou coloca no mínimo 50 milhões para fazer contratações, ou vai ser muito pior que 2017, o pior é que agora as opções estão escassas, até com dinheiro vai ser difícil se reforçar.

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