Advogados do São Paulo recorrem à Fifa contra assédio chinês a Ganso

Diante da investida chinesa sobre os atletas brasileiros, que levou ao desmanche de parte do time titular corintiano, o São Paulo decidiu procurar a Fifa para evitar que a onda atinja o Morumbi.

Após o clube tomar conhecimento de interesse do Hebei China Fortune pelo meia Paulo Henrique Ganso, o departamento jurídico do time do Morumbi enviou notificação à entidade que controla o futebol mundial.

O objetivo é barrar o que o clube considera “aliciamento” de jogadores.

O São Paulo espera que providências sejam tomadas pela Fifa para impedir negociações como as de Renato Augusto, Jadson e Ralf, os três do Corinthians.

Segundo o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, os métodos chineses se opõem às regras do futebol.

“Se tentam tirar um jogador do nosso clube sem falar com a gente, isso é aliciamento. Assim é a lei da Fifa”, afirma Leco à Folha. “Não vamos ficar apenas assistindo. Decidimos tomar providências. O que os chineses fizeram no Corinthians é aliciamento também. É uma medida que ninguém tomou. O Corinthians não tomou, ninguém tomou”, completou.

GANSO FICA?

No último dia 7, em entrevista coletiva, o presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, afirmou que não havia nada a ser feito diante da chegada dos chineses.

Na conversa com o empresário de Ganso, Giuseppe Diogardi, o São Paulo propôs o início das negociações para a renovação do contrato do meia, mas o empresário pediu um tempo para começar a falar sobre o assunto.

“Houve de fato essa conversa. Como estou ainda viajando muito, pedi que o encontro para falar da renovação do contrato acontecesse depois disso”, disse Diogardi à reportagem.

O São Paulo tem 32% dos direitos de Ganso. Os outros 68% são da empresa DIS, que investiu na contratação do meia, em setembro de 2012. Há um acordo entre as duas partes para que o jogador seja liberado pelo clube caso apareça uma proposta de 25 milhões de euros (R$ 110 milhões).

Segundo o especialista em direito desportivo Marcos Motta, que atua na Fifa, a movimentação dos chineses pode ser contestada na entidade, mas é necessário que o clube apresente provas.

“O estatuto da Fifa é muito claro sobre isso. Se um clube quer procurar um jogador que está sob contrato, o primeiro a saber tem de ser o clube ao qual ele é vinculado. Portanto, pode haver uma notificação, mas é preciso provar que houve essa procura”, afirma Motta.

Comprovado o aliciamento, continua ele, a Fifa poderia decidir por uma advertência ao clube ou mesmo impedir o time de contratar, o que seria bastante improvável.

Fonte: Folha SP

4 comentários em “Advogados do São Paulo recorrem à Fifa contra assédio chinês a Ganso

  1. Quase 40 milhões de reais por 32%. Vende agora. Jogador acomodado. E aproveita e vende também o michel bastosve o wesley. O SP precisa de jogadores con vontade, raça e vergonha na cara.

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