As vendas do zagueiro Maicon, dos volantes Thiago Mendes e Petros, do atacante Lucas Pratto e do lateral Éder Militão podem ajudar o São Paulo a quitar os direitos de imagens atrasados dos atuais jogadores do Tricolor.
As cláusulas nos contratos de negociação desses atletas chegam a somar R$ 40,8 milhões que o São Paulo ainda tem a receber. As quantias vão desde o mecanismo de solidariedade da Fifa até parcelas atrasadas de venda.
Explicamos abaixo os detalhes:
- Thiago Mendes: o Lille, da França, ainda deve R$ 2,2 milhões ao São Paulo. A quantia é referente a uma cláusula no contrato de venda do volante. Nele, estava previsto que, caso o volante atingisse determinado número de jogos e o clube se classificasse para a Liga dos Campeões, o Tricolor faturava.
- Maicon: assim como Thiago Mendes, o zagueiro também atingiu um determinado número de jogos e ajudou o Galatasaray, da Turquia, a se classificar para a Liga dos Campeões. No caso de Maicon, o São Paulo tem a receber 250 mil euros (cerca de R$ 1,1 milhão).
- Petros: falta receber a segunda parcela da venda do volante para o Al Nassr, da Arábia Saudita, no valor de US$ 1,5 milhão de dólares (cerca de R$ 5,7 milhões). O pagamento está atrasado desde o dia 30 de março.
- Lucas Pratto: o São Paulo ainda tem a receber duas parcelas de 2 milhões de euros (cerca de R$ 8,7 milhões) pela venda do atacante argentino ao River Plate.
- Éder Militão: o clube tinha direito a 10% de uma futura negociação e ganhará 4,5 milhões de euros (cerca de R$ 20,5 milhões) pela negociação entre Porto e Real Madrid. O clube português já pagou R$ 3,9 milhões, faltando assim R$ 16,6 milhões. Há também 1,5 milhão de euros (cerca de R$ 6,5 milhões) a serem pagos pelo Real Madrid referentes ao mecanismo de solidariedade da Fifa.
Éder Militão saiu do Porto para o Real Madrid — Foto: AFP
A entrada dos valores descritos acima ajudaria a resolver o problema de fluxo de caixa e, consequentemente, colocaria em dia os pagamentos de direitos de imagem atrasados (há atletas que estão há dois meses e outros há três sem receber).
O Tricolor costuma pagar pacotes de três meses para jogadores que recebem parte dos salários nos direitos de imagem. Para esses atletas, o valor representa 30% do salário.
Há um consenso no clube que os prejudicados por essa situação entenderam a questão e isso não está afetando no dia a dia do clube. O São Paulo ainda não tem uma data definida para o pagamentos dos valores.
Leco está pressionado pela crise financeira e pela falta de resultados no futebol — Foto: Paulo Fischer / Estadão Conteúdo
Crise financeira
O problema financeiro do São Paulo ocorre por alguns motivos. As trocas de treinadores e as seguidas reformulações de elenco geraram no total 11 contratações para 2019.
Além disso, as eliminações na Copa Libertadores e na Copa do Brasil fizeram o São Paulo ter de readequar seus gastos. O clube contava em seu orçamento com a classificação até as quartas de final dos dois torneios, o que renderia dinheiro em premiações e bilheteria.
Desde a contratação do técnico Cuca, o São Paulo discute uma redução dos gastos no futebol. A saída de Diego Souza teve a ver com essa mudança de perfil, pois o treinador quer trabalhar com um grupo mais jovem. A transferência do centroavante também aliviou a folha salarial.
Esse também é um dos motivos para o clube liberar Nenê, Jucilei e Bruno Peres da reapresentação com o grupo, em Cotia. Biro Biro, por sua vez, rescindiu contrato.
Na noite da última terça-feira, o Conselho Deliberativo do São Paulo aprovou, por maioria de votos, o empréstimo com alguns bancos. Mas esse dinheiro não está no plano para pagamento dos direitos de imagem atrasados.
Fonte: Globo Esporte
“em casa que falta pão todo mundo grita e todo mundo tem razão” . . .
Que faaase!!! Pior é que dura mais de 10 anos. Tem potencial para durar muito mais, considerando o modelo de gestão e o grupo “dono” do clube.
Não sei se acontece com outros, mas comigo, apesar de não deixar de assistir a nenhum jogo (talvez por uma espécie de vício), os resultados da equipe não estão me afetando tanto como antigamente. Acho que a casca foi ficando dura.
Precisa de muita ignorância e muita falta de jeito para, com o faturamento anual do clube, ter problema com fluxo de caixa. Deve ter muita coisa para justificar a quebra de um clube tão forte como era o S.Paulo. Quebra sim! Ou alguém duvida que o clube está caminhando rapidamente para um fim melancólico. Já não é um clube forte, já que vive devendo e não pagando suas contas; já não é um time grande, porque luta há anos por não cair ou ficar no meio da tabela.
E continuam gastando mal; contratando pior e pagando muitas “comissões” que ninguém sabe pra quem nem porque.
É lastimável !!!
A que ponto o São Paulo chegou. Dependendo de vendas de outros clubes para sanar as próprias dívidas. Meu Deus!
Eu não consigo entender como alguns ainda podem apoiar essa gestão.
Devendo vencimentos, e gastando de 11 a 13 milhões de reais com Raniel.
Só o Leco e Raí para realizarem tal façanha.