Paulo Autuori chegou ao São Paulo na tarde desta quinta-feira e já mostrou a sua forma de trabalho. Logo após a entrevista coletiva de apresentação, o técnico foi para os vestiários, trocou de roupa e seguiu para um dos campos do Centro de Treinamentos da Barra Funda. Enquanto os jogadores aqueciam sob o comando de Sérgio Rocha, ele pegou alguns cones e demarcou o local que seria utilizado pelos atletas para as atividades.
Nesse meio tempo, conversou brevemente com o coordenador técnico do São Paulo, Milton Cruz – ele dirigiu o Tricolor nas últimas duas partidas e faz parte da comissão fixa do clube. Enquanto Ney Franco comandava o time, Milton foi pouco utilizado. A expectativa é de que ele ganhe mais espaço com o novo comandante.
Logo depois, Autuori reuniu os atletas que estavam no campo e falou por cerca de cinco minutos. Na sequência, dividiu o grupo em três e iniciou os trabalhos em espaço reduzido. Os atletas tinham de trocar passes enquanto os outros reforçavam a marcação pressão. Depois, os jogadores fizeram trabalho semelhante, mas num campo com gols. Participaram da atividade quem não jogou ou jogou pouco na derrota para o Bahia nesta quarta-feira – quem ficou em campo a maior parte da partida fez um treino regenerativo.
“Aperta”, “toca curto”, “aparece para receber” eram foram frases ditas por Autuori durante as atividades. Ao longo de quase uma hora e meia de treino – que acabou quando a luz natural praticamente não existia –, ele não saiu do lado do campo e observou tudo atentamente, bem de perto.
A maior diferença no estilo de trabalho entre Paulo Autuori e Ney Franco é o comando durante as atividades. Enquanto o novo ficou ao lado do gramado durante todo o tempo, o antigo deixava o comando deste tipo de atividade para seu auxiliar Éder Bastos. Ney entrava em ação apenas na hora do jogo de verdade. Antes disso, quase tudo ficava sob responsabilidade de Éder.