Os jogadores do São Paulo já tiveram de conviver com quatro treinadores distintos desde o início da temporada, algo que não agrada muito o elenco. Mesmo se policiando para nao fazer críticas às atitudes da direção, que demitiu Muricy Ramalho e Doriva, este há três dias, viu Juan Carlos Osorio deixar o cargo para assumir a seleção do México e apostou no auxiliar Milton Cruz como “bombeiro”, o volante Thiago Mendes expôs sua insatisfação.
“É difícil. Você acostuma com um trabalho, mas aí o treinador vai embora, tem de se adaptar o mais rápido possível. Temos que nos fechar ali dentro de campo e tentar esquecer essas coisas que acontecem fora porque almejamos chegar na Libertadores”, afirmou o volante, surpreso com a queda de Doriva. O treinador, mandado embora na segunda, ficou apenas 32 dias no cargo.
“Acho que nunca tive essa experiência de trabalhar tão pouco tempo com um treinador. Mas nós sabemos que o futebol é resultado. Quando não tem, sobra para alguém. Sobrou para o Doriva dessa vez”, analisou, certo de que um triunfo ante o Cruzeiro teria mantido o trabalho. “Certamente. Uma vitória ali resolveria tudo”, apontou.
O meio-campista, por sinal, foi um dos atletas mais afetados com as mudanças no comando. Com Muricy, foi escalado como lateral e meia direita, dificilmente atuando na sua posição. Depois, com Osorio, cresceu muito de produção, tanto como primeiro quanto como segundo volante, encantando o próprio treinador. Depois que o colombiano foi embora, no entanto, caiu de produção e teve atuações apenas medianas com Doriva.
“Isso foi opção da diretoria,a gente só tem que trabalhar e acatar as ordens. Eu não esperava que tudo mudasse tão rápido, quatro técnicos em um ano, mas a diretoria optou por isso”, comentou, confiando na capacidade de Milton Cruz para assegurar a vaga na Libertadores e trabalhar o time em 2016. “Sabemos que o Milton tem capacidade para isso. Se ele ficar no comando, que seja bem vindo. Se não, se vier outro, que seja bem vindo também”, encerrou.
Fonte: Gazeta Esportiva