O acordo que segundo a diretoria do São Paulo renderá cerca de R$ 80 milhões ao clube durante os cinco anos de contrato tem outro ponto que faz dirigentes são-paulinos comemorarem: segundo a cúpula são-paulina, o acordo prevê exclusividade da marca norte-americana até 2020 no estado. Corinthians, Palmeiras e Santos não podem, então, ter a empresa como fornecedora de material esportivo. Além disso, a Under Armour venderá camisas do São Paulo em lojas por todo o planeta.

Segundo a diretoria do São Paulo, o contrato assinado entre as partes prevê exclusividade ao clube do Morumbi dentro do estado de São Paulo durante todo o acordo, de cinco anos, e no resto do Brasil durante três anos. Até o início de 2018, então, o São Paulo será o único clube brasileiro que poderá ter material fornecido pela empresa norte-americana. Por mais dois anos, o único em São Paulo.

A exclusividade em São Paulo não deve preocupar o Corinthians, que tem contrato assinado com a Nike até 2025. O arquirrival são-paulino só precisaria negociar com um novo fornecedor caso rompesse o atual vínculo, o que é uma hipótese remota.

Já nos casos de Palmeiras e Santos, tal cláusula pode atrapalhar. O Palmeiras tem contrato com a Adidas até o fim de 2016. O acordo firmado entre Santos e Nike é válido apenas até o fim deste ano. Até 2020, a dupla não poderá negociar com a Under Armour.

Outro fator celebrado pela diretoria são-paulina é a exigência para que a marca venda a camisa do São Paulo fora do Brasil. O acordo prevê que a empresa comercialize os produtos do São Paulo em seu catálogo internacional, que atinge Europa, Ásia e principalmente os Estados Unidos, mercado para qual o São Paulo olha com muita esperança.

A venda dos produtos do clube fora do país e principalmente na América do Norte engloba uma tentativa de expansão da marca internacional. O São Paulo fechou acordo de patrocínio com a companhia aérea panamenha Copa Airlines e customizará aviões com símbolo e cores do clube que pousarão nos Estados Unidos. Também fechou parceria com a norte-americana Gatorade e possui no país o embaixador natural Kaká, jogador do Orlando City e principal expoente da Major League Soccer.

A ideia de internacionalizar a marca visa conseguir com maior facilidade receita de investidores estrangeiros. Hoje o São Paulo tem muita dificuldade em negociar venda de patrocínio no mercado nacional e tenta abrir fronteiras para conseguir acordos diretamente fora do país.

Fonte: Uol