Quando assumir em definitivo o cargo de técnico do São Paulo na próxima segunda-feira, Dorival Júnior terá diante de si uma série de desafios. O maior deles é fazer o time reagir no Campeonato Brasileiro, do qual no momento é o 17º colocado, dentro da zona de rebaixamento, com 11 pontos conquistados em 11 derrotas.
Isso, contudo, passa pela recuperação de alguns jogadores que estão em baixa. O principal deles é Cueva. O camisa 10 não marca gols e nem dá assistências desde que se lesionou em março, durante um jogo da seleção peruana contra o Uruguai nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2018.
Cueva foi titular nos últimos quatro jogos do São Paulo no Brasileirão, mas teve atuação apagada nas derrotas para Atlético-MG (2 a 1), Atlético-PR (1 a 0) e Flamengo (2 a 0), e no empate diante do Fluminense (1 a 1).
Nos treinos de quarta e quinta-feira, Pintado conversou reservadamente com ele no campo do CCT da Barra Funda. Há a possibilidade até de o peruano começar o clássico contra o Santos, domingo, na Vila Belmiro, no banco de reservas.
Outro que Dorival tentará fazer subir de produção é Wesley. Os dois trabalharam juntos no Santos, em 2010, quando o volante era peça fundamental no esquema do time liderado por Neymar e Paulo Henrique Ganso, campeão do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil. Para isso, terá de fazer melhor do que em 2014, quando não conseguiu fazer Wesley render o que era esperado com a camisa do Palmeiras.
Além deles, Lucas Pratto também não vive seu melhor momento com a camisa tricolor. Muito em função da pouca criatividade do setor ofensivo. A meta é aumentar as chances de gol para o centroavante argentino, que não balança as redes adversárias há seis jogos ou desde o triunfo por 2 a 0 sobre o Vitória, em 8 de junho.
O que pode ajudar Dorival a vencer esses desafios é o encaixe e a rápida adaptação dos reforços. Apresentados na semana passada, o zagueiro Robert Arboleda, o meia Jonatan Gomez e o volante Petros chegaram com status de titular. Outro que está próximo de desembarcar no Morumbi é o volante Matheus Jesus, ex-Ponte Preta e que agora pertence ao Estoril, de Portugal.
Petros estreou na derrota por 2 a 0 para o Flamengo, no dia 2, no Rio de Janeiro. Já os estrangeiros, devidamente regularizados e em boa condição física, estarão à disposição no San-São deste domingo.
Fora das quatro linhas, o experiente treinador de 55 anos terá que lidar com os bastidores em ebulição, principalmente em relação à pressão que a torcida impõe sobre a diretoria, que é criticada por ter vendido jogadores em demasia nas últimas temporadas, privilegiando as finanças do clube, em detrimento do aspecto esportivo.
O primeiro episódio e teste da era Dorival Júnior no São Paulo acontecerá no dia 13, contra o frágil Atlético-GO, no Morumbi. Ele não estará à beira do campo contra o Santos, seu ex-clube, neste domingo, por problemas familiares. O auxiliar Pintado comandará o Tricolor interinamente.
Fonte: Gazeta Esportiva